Sociedade
Casal de São Simão (Aguda) deixa políticos a falar e segue exemplo de Ferraria de São João arrancando eucaliptos
Moradores pretendem plantar carvalhos, nogueiras e castanheiros em faixa de 500 metros à volta da aldeia.
Depois de Ferraria de São João, a aldeia do xisto de Casal de São Simão, em Aguda, no concelho de Figueiró dos Vinhos, deverá ser a próxima a desistir da espera por uma solução política e de ordenamento do território para evitar que os lares da localidade voltem a ficar cercados por chamas.
Tal como em Ferraria, ali os moradores vão reunir no dia 23 de Julho para discutir um acordo para se livrarem dos eucaliptos e acácias num anel à volta da aldeia que, no dia 18, esteve ameaçada pelo fogo que começou em Pedrógão Grande e vitimou 64 pessoas.
A Associação de Moradores, liderada por Aníbal Quinta vai discutir a plantação de nogueiras, carvalhos, castanheiros e outras folhosas, além de manterem as terras livres para uso comunitários.
“Esta é uma solução prática, positiva e que pode ser adoptada noutras localidades. Ferraria de São João foi a primeira a adoptar esta medida. Mantenham a ideia a crescer, partilhem, partilhem nas redes sociais”, escreve Jacqueline Moys, num dos grupos da rede social Facebook, destinado à partilha de informação sobre os incêndios entre moradores estrangeiros.
“Adoro a generosidade dos proprietários e o bom-senso. Esperemos que a ideia alastre!”, adiantou ao JORNAL DE LEIRIA, David Allen, um designer gráfico britânico, que habita no concelho de Ansião, muito próximo do limite da área afectada pelo incêndio de Pedrógão Grande.
Artigo rectificado para referir a localidade específica (Casal de São Simão) na freguesia da Aguda onde a acção vai ter lugar (17:04 horas, de 29-06-2017).