Sociedade
Centro hospitalar penalizado de novo na distribuição de fundos
Em causa está o indeferimento de duas candidaturas, uma das quais para cuidados paliativos, valência que não há no distrito. “Indignado”, Helder Roque levanta a voz contra a ARS do Centro.
“Inaceitável” é como o presidente do Conselho de Administração (CA) do Centro Hospitalar de Leiria (CHL), Helder Roque, classifica o indeferimento de dois dos três projectos apresentados pela instituição a fundos comunitários para a área da saúde ao abrigo do Programa Operacional Regional Centro 2020.
Do total de 20 milhões de euros que havia para distribuir pelas unidades da região, o CHL ficou apenas com 513 mil euros (2,5% do montante global), destinados à instalação de um equipamento de tomografia computorizada (TAC).
Sem qualquer apoio ficou a criação de uma unidade de cuidados paliativos no hospital de Alcobaça, para colmatar a lacuna existente no distrito, que não dispõe de uma única cama destinada a esta valência.
Também de fora dos 12 projectos a financiar está a remodelação do Serviço de Medicina Física e Reabilitação do Hospital de Santo André (HSA), em Leiria.
Confessando-se “completamente desiludido” pela não aprovação destes projectos, Helder Roque aponta o dedo à Administração Regional de Saúde do Centro (ARSC). O administrador conta que a selecção e identificação dos projectos a candidatar foi feita “na sequência de prévia consensualização” com a ARSC e teve como “referência um valor perspectivado de disponibilizar a este centro hospitalar de cerca de dois milhões de euros”.
Helder Roque frisa ainda a importância dos dois projectos cujas candidaturas foram indeferidas. No caso da remodelação do Serviço de Medicina Física e de Reabilitação, estava proposto um investimento de 950 mil euros, para dotar a unidade de instalações de hidroterapia, que “nunca foi possível colocar em funcionamento desde que o HSA foi inaugurado”, há mais de 20 anos, e “cuja necessidade é manifesta e obriga os doentes desta instituição, adultos e sobretudo crianças, a deslocarem-se a entidades privadas, com todos os custos sociais e económicos respectivos”.
Quanto à unidade de cuidados paliativos perspectivada para Alcobaça, Helder Roque alega que a criação desta valência foi “amplamente” discutida com a tutela e que consta do Plano Estratégico e do Plano de Investimentos do CHL.
Leia mais na edição impressa ou torne-se assinante para aceder à versão digital integral deste artigo.