Economia

Cerveja artesanal: quando a paixão se transforma num bom negócio

7 abr 2016 00:00

A produção de cerveja artesanal está a crescer em Portugal, em resposta a uma tendência de aumento do consumo. Em Pombal são já fabricadas quatro marcas

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Raquel de Sousa Silva

Há cada vez mais consumidores e mais marcas. O consumo de cerveja artesanal está a crescer e movimenta um número crescente de pessoas, muitas das quais transformaram em negócio aquele que era um gosto seu.

No fim-de-semana passado, o Mercado de Sant'Ana, em Leiria, acolheu a segunda edição da Festa da Cerveja Artesanal, que contou com cinco mil visitantes.

Os representantes das 18 marcas de cerveja presentes venderam seis mil litros. Produzida pela Associação para a Promoção de Micro-negócios (Happy Evasion), a Rolls Beer está à venda desde 2012.

O que mudou desde então? “Tudo”, considera Aníbal Lopes, colaborador desta entidade de Pombal. “Tem havido uma grande evolução, há novos consumidores ávidos de novas cervejas”, aponta o profissional, lembrando que Portugal ainda está no início de uma tendência que já tem dezenas de anos noutros países europeus.

A Rolls Beer foi pensada desde o início para ser exportada, o que está a acontecer. Angola, Brasil, Inglaterra, Alemanha, França, Bélgica e Holanda são os destinos, além do mercado português, explicou Aníbal Lopes ao JORNAL DE LEIRIA.

Mas a Happy Evasion produz outras duas marcas: Templarium, criada especificamente para um cliente que promove eventos medievais, e Chupa-cabras. Pombal é também o berço da 7 Mares, no mercado desde final de 2014 e propriedade de Filipe Cláudio.

Aníbal Lopes diz que o público mais jovem, entre os 20 e os 40 anos, “está mais aberto a mudanças” e a experimentar novos sabores, nomeadamente de cerveja artesanal, produto que, à semelhança do que se passa nos vinhos, começa a sustentar o aparecimento de cursos e de especialistas.

“A cerveja artesanal tem o seu nicho de mercado. A concorrência é salutar, pois quanto mais marcas e maior diversidade houver melhor é para o consumidor. Da mesma maneira que há um vinho para um petisco, outro para um queijo e outro para a refeição, também na cerveja artesanal se passa o mesmo”, explica.

Formado em enologia, Luís Eleutério, de Mirandela, é outro dos produtores de cerveja artesanal presentes no evento de Leiria.

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