Com muito humor e algum terror, Carlos Calika e o TAP transformaram a rua num “rio de sangue”

“Por estranho que pareça, as rodagens de filmes de terror geralmente são das mais divertidas”, diz Carlos Calika, realizador da curta-metragem Monstros. “Acho que o pessoal gosta de brincar com a morte”.

Humberto Pinto, actor e presidente da direcção do Teatro Amador de Pombal (TAP), que participa no filme, confirma o estado de espírito: “Um fim-de-semana intenso, poucas horas de sono, algum terror e muito humor”.

A parceria entre o TAP e a Ajidanha é responsável por vários episódios caricatos ocorridos em Idanha-a-Nova durante as gravações nos dias 31 de Março, 1 e 2 de Abril.

“Muitos! Mas destaco as diversas reacções dos idanhenses ao verem uma das suas ruas transformada num rio de sangue”, descreve Humberto Pinto.

Com o exterior invadido por cadáveres , “algumas pessoas pensaram mesmo que teria havido um acidente com feridos e mortos e assustaram-se de verdade”, explica Carlos Calika.

“O terror é dos meus géneros favoritos, já realizei vários filmes com esta temática e certamente farei mais”, comenta o realizador.

Monstros acompanha um grupo de soldados “que é perseguido por forças sobrenaturais”.

“Não posso revelar muito, digamos apenas que os “monstros” somos todos nós”, avança Carlos Calika.

Para o TAP, é a primeira incursão no submundo do terror.

“Estamos orgulhosos do trabalho realizado e ansiosos para o ver no grande ecrã”, refere Humberto Pinto ao JORNAL DE LEIRIA.

A curta metragem gravada na vila e na barragem de Idanha-a-Nova encontra-se em fase de pós-produção e vai estrear, em datas a anunciar, em Idanha-a-Nova e também em Pombal.

Ajidanha e TAP já tinham colaborado anteriormente noutras duas curtas: ICEcrime e Os Cães da Barragem. Esta última venceu o 48H Film Festival Castelo Branco e foi apresentada e representada pelas duas companhias de teatro em Seattle, nos Estados Unidos, no contexto do Festival Filmapalooza.