Comandante da GNR apela a uma justiça mais célere e dissuasora

Uma justiça mais célere e dissuasora foi um dos apelos deixados pelo comandante do Comando Territorial da GNR de Leiria, Vasco Martins, na comemoração do Dia da Unidade, que decorreu na sexta-feira, na Batalha. O coronel de Infantaria enalteceu a “dedicação e entrega” dos militares, alertando que a intervenção da GNR nunca resolverá por si, todos os problemas”.

“Há dimensões e questões sociais, que ficarão sempre por resolver, mas que também não podem servir para desculpabilizar tudo, minando a confiança das pessoas nas forças de segurança, na Justiça e no Estado. A crescente ideia de impunidade, que se vai formando, e as formas desculpabilizantes a que vamos assistindo, com perniciosos argumentos justificativos de toda a delinquência, têm de ser repensados”, defendeu Vasco Martins.

O comandante concorda com “intervenções sociais e ideias ressocializadoras”, mas também considerou que “leis adequadas que levem a boas práticas institucionais e a julgamentos mais céleres e imediatamente recriminadores e dissuasores” são um “bom caminho”.

“Em crimes acabados de cometer, com arguidos detidos e confessos é, por vezes, difícil de entender certas decisões e, em tornar aceitáveis as respostas, quando as pessoas se sentem inseguras e descrentes. Devemos essas respostas ao cidadão, mas principalmente às vítimas desses crimes”, acrescentou.

Os novos desafios “exigem meios humanos e materiais para a sua assunção efectiva, não sendo desejável nem saudável que sejam implementados ou executados à custa de outras actividades igualmente importantes, como seja o patrulhamento dos postos territoriais e de proximidade”, lembrou também.

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