Sociedade
Comandante de Pedrógão Grande constituído arguido (ACTUALIZADA)
De acordo com a Procuradoria Geral da República, em causa estão factos susceptíveis de integrarem os crimes de homicídio por negligência e ofensas corporais por negligência.
Augusto Arnaut, comandante dos bombeiros voluntários de Pedrógão Grande foi constituído arguido, na sequência dos incêndios naquele concelho, em Junho deste ando, que provocaram a morte a 64 pessoas, após ter sido ouvido pelo Ministério Público no Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) de Leiria, disse a sua representante.
Magda Rodrigues, advogada da Liga dos Bombeiros Portugueses, não precisou os eventuais crimes pelos quais Arnaut está indiciado, mas disse que o comandante está “tranquilo”.
O comandante dos bombeiros de Pedrógão Grande foi hoje constituído arguido na sequência dos incêndios naquele concelho, depois de ter sido ouvido pelo Ministério Público no Departamento de Investigação e Acção Penal (DIAP) de Leiria.
Magda Rodrigues, advogada da Liga dos Bombeiros Portugueses, não precisou os eventuais crimes pelos quais o bombeiro voluntário de Pedrógão Grande está indiciado, mas disse que Augusto Arnaut está "tranquilo".
A advogada salientou que o "estatuto processual do arguido permite mais vantagens e mais direitos".
Adiantando que o comandante Augusto Arnaut "lamenta" toda a situação, Magda Rodrigues salientou que "o ênfase que se dá a este processo obviamente faz reviver a todos, sobretudo, às vítimas, os momentos de sofrimento de dor e angústia”.
“E, portanto, queremos que a justiça faça o seu papel, de uma forma célere eficaz e silente".
"Com 51 anos, o comandante é bombeiro há 32 anos, está ligado ao corpo de comando há cerca de 18 anos. Obviamente, é um homem com provas dadas e o tempo trará com certeza a verdade a este processo. Está, sobretudo, de consciência tranquila e tudo fez para que o desfecho fosse outro", reforçou, ao informar que não pode dizer mais nada porque o processo se encontra em segredo de justiça.
Hoje de manhã, o segundo comandante distrital de Leiria, Mário Cerol, também confirmou ser arguido na sequência dos incêndios de Pedrógão Grande, que deflagraram em 17 de junho e que provocaram a morte a 64 pessoas.
Uma outra pessoa morreu atropelada quando fugia do fogo e, recentemente, uma mulher morreu no hospital, cinco meses depois de ter sido internada na sequência dos incêndios.
De acordo com a Procuradoria Geral da República, em causa estão factos susceptíveis de integrarem os crimes de homicídio por negligência e ofensas corporais por negligência.