Sociedade

D. António Marto acredita que jornadas da juventude vão revitalizar Igreja portuguesa

28 jan 2019 00:00

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A Jornada Mundial da Juventude (JMJ) em 2022 será “um momento de revitalização que porá à prova o dinamismo da Igreja portuguesa”, afirmou hoje o cardeal de Leiria-Fátima, referindo-se à escolha de Lisboa para acolher a JMJ.

D. António Marto considerou que acolher a próxima JMJ em 2022 será “uma graça para a Igreja e para o país” e será um momento “de revitalização da Igreja, que movimentará famílias, grupos de jovens, paróquias e dioceses e porá à prova todo o dinamismo da Igreja portuguesa”.

Em comunicado divulgado na página oficial do Santuário de Fátima, o cardeal sublinhou ainda a importância de Fátima no contexto da realização das jornadas.

“Nossa Senhora está sempre presente neste evento da Igreja; esteve-o, de resto, nesta Jornada do Panamá, com a presença da Imagem número 1 da Virgem Peregrina de Fátima, diante da qual vimos o Santo Padre a rezar de forma impressionante, e certamente Fátima, como espaço, atrairá a peregrinação de muitos dos jovens que se deslocarem a Lisboa”, afirmou D. António Marto.

O cardeal não tem dúvidas de que quer a Igreja portuguesa quer o Estado “estarão à altura” do acontecimento que será “um desafio e uma oportunidade” para mostrar como os portugueses são hospitaleiros.

O cardeal D. António Marto sublinhou também o facto de Portugal se abrir a outras culturas e de dar “uma atenção especial à lusofonia, aos povos de língua portuguesa, sobretudo aos que vêm do Continente Africano, que ainda não teve a graça de ter recebido a organização de uma jornada como esta”.

“Será de facto um momento de grande dinamismo e estou certo de que quer a Igreja quer o Estado português vão estar à altura de abraçar tamanho desafio”, reforça o prelado diocesano de Leiria-Fátima, uma das três dioceses vizinhas da Capital, a par de Santarém e de Setúbal.

A escolha de Lisboa como anfitriã das próximas Jornadas Mundiais da Juventude (JMJ) é "uma alegria e uma responsabilidade" acrescentou o reitor do Santuário de Fátima, considerando que será igualmente "uma oportunidade para acolher mais jovens" nesta cidade.
 
“Para nós é motivo de grande alegria enquanto membros da igreja portuguesa", afirmou o padre Carlos Cabecinhas numa reação ao anúncio do cardeal Kevin Farrell, prefeito do Dicastério para os Leigos, a Família e a Vida, citado num comunicado do Santuário de Fátima, destacando que as JMJ representam também "uma ocasião que proporciona a muitos jovens a visita a Fátima”.
 
“Se nos enchemos de alegria por toda a Igreja portuguesa, sentimos também a enorme responsabilidade para que Fátima saiba acolher e receber os jovens que aí remarem”, disse ainda o sacerdote que está no Panamá, a chefiar uma delegação do Santuário.
 
O padre acompanha desde o dia 22 a Imagem número 1 da Virgem Peregrina de Fátima, que cumpre uma viagem extraordinária ao encontro dos jovens de todo o mundo, mantendo paralelamente um programa autónomo que a levou a lugares mais periféricos como o Centro Penitenciário Feminino da Cidade do Panamá e a levará, na segunda-feira, a um hospital de doentes oncológicos.
 
"Numa das preces da Oração Universal, os peregrinos foram especialmente interpelados a rezar pelos jovens e por todos os participantes na JMJ para que, anunciando a fé viva e o rosto jovem do evangelho, trabalhem na construção de uma sociedade mais justa e fraterna”, salienta o Santuário.

No domingo, no final da Jornada Mundial da Juventude 2019, que decorreu entre 22 e 27 de Janeiro na Cidade do Panamá, foi anunciado o nome da cidade de Lisboa como a próxima capital da juventude católica de todo o mundo em 2022.

As Jornadas Mundiais da Juventude (JMJ) são consideradas o maior evento organizado pela Igreja Católica.