Sociedade
Dia do Município: Ourém pede obras para quartel dos Bombeiros de Fátima e um SAP
O presidente da câmara estima que existam mais de 18 mil utentes sem médico de família atribuído
Ourém comemorou esta quinta-feira o Dia do Município. Aproveitando a presença do secretário de Estado do Planeamento e Desenvolvimento Regional, Hélder Reis, o presidente da Câmara de Ourém alertou para a necessidade de realizar obras no quartel dos Bombeiros Voluntários de Fátima e para a criação de um Serviço de Atendimento Permanente.
Luís Albuquerque adiantou que os bombeiros são uma “infra-estrutura fundamental para dar assistência condigna aos milhões de pessoas que anualmente ocorrem a Fátima, para o qual o município já se comprometeu com um apoio de dois milhões”. No entanto, as obras custam cerca de quatro milhões de euros, pelo que considerou que o investimento só será viável “se existir um apoio efectivo do Estado Central”.
“Falta de um Serviço de Atendimento Permanente (SAP), que é uma necessidade premente. A sua implementação permitiria um grande desafogo das Urgências do hospital de referência – Leiria -, e poderia satisfazer as necessidades da nossa população”, apontou ainda o presidente.
O autarca salientou que a falta de médicos – um problema transversal a todo o território nacional - “é um transtorno enorme” para o concelho. Segundo Luís Albuquerque, estima-se que existam mais de 18 mil utentes sem médico de família atribuído, ou seja, cerca de 40% da população de Ourém.
“Este problema só não é mais gravoso, porque implementámos, em tempo útil, o projecto Bata Branca, que tem neste momento ao serviço nove médicos, que prestam serviço nos diversos polos de saúde do concelho, num total de 150 horas semanais, e que estamos a tentar junto da Unidade Local de Saúde, aumentar para as 200 horas semanais”, afirmou.
Referindo que o município “não tem competência nesta área”, o autarca revelou que, mesmo assim e com este projecto, a Câmara de Ourém assume “um investimento a rondar os 100 mil euros por ano, para procurar colmatar este problema”.
Luís Albuquerque lembrou o governante sobre a falta de ligação do IC9 à A1, “que já fez parte dos planos do governo em 2015, mas que continua por executar, ou até mesmo de planear”. “Infelizmente, e para surpresa nossa, tendo em conta os antecedentes, não constou nas Missed Links do PRR”, revelou.
A abertura de uma Loja do Cidadão em Ourém foi outra reivindicação deixada pelo autarca, que adiantou já ter apresentado uma candidatura ao Plano de Recuperação e Resiliência, estando a aguardar o resultado. “Espero que a mesma possa ter sucesso, pois permitirá a requalificação do antigo terminal rodoviário da cidade de Ourém”, informou.