Sociedade
Diz-me o que comes...
Descubra as motivações, as dificuldades e até os perigos que convém evitar numa dieta alternativa
Vegano (vegan), vegetariano e macrobiótico. Eis alguns dos termos que fazem cada vez mais parte do vocabulário dos portugueses. Isto porque na Europa, e um pouco por todo o mundo Ocidental, tem vindo a aumentar o número de pessoas que afastam os produtos de origem animal da sua alimentação.
Mas o que querem dizer afinal estes termos? Quais são as motivações, as dificuldades e até os riscos que devem ser evitados por quem segue uma dieta alternativa? O JORNAL DE LEIRIA apresenta o testemunho de quem acredita que somos efectivamente aquilo que comemos e que mudou os seus hábitos em prol dessa máxima.
Até há ano e meio as refeições de Daniela Sousa eram semelhantes às da maioria dos portugueses. No seu prato havia espaço para os legumes, que geralmente acompanhavam uma posta de peixe ou um naco de carne. Mas desde então, progressivamente, muito mudou na dieta alimentar da advogada da Marinha Grande, que aos 37 anos segue agora um estilo de vida vegana.
Todo o processo foi desencadeado pela curiosidade que sempre teve a respeito de assuntos relacionados com saúde, recorda Daniela Sousa. Começou por ler sobre as dietas vegetariana e vegana e, à partida, tudo lhe parecia “utópico”, talvez “fruto da moda”.
Mesmo assim, movida pela curiosidade, não deixou de se informar e começou a experimentar, substituindo carne e peixe por variados produtos de origem vegetal. “Rapidamente fui sendo confrontada com algumas mudanças e benefícios na saúde”, lembra a advogada, que sentiu: aumento de energia, desintoxicação do corpo, com claro reflexo na pele, cabelo e unhas mais fortes, melhor capacidade de concentração, melhor funcionamento do aparelho digestivo, atenuação dos seus problemas de sonambulismo e perda de peso.
As análises de rotina a que se ia submetendo comprovavam isso mesmo, com os melhores resultados de colesterol que já tinha obtido. Depois de excluir carne e peixe, abandonou também os ovos, o leite e queijo. Aos poucos tinha deixado de comer todo e qualquer artigo de origem animal.
Isto porque depois de ter lido tanto sobre a matéria – no sentido de saber que outros ingredientes poderiam substituir a proteína animal – acabou por reforçar a consciência ambiental e a compaixão pelos animais que sempre tivera. Por todas essas razões deixou também de comprar vestuário de origem animal, bem como produtos de limpeza, de cosmética e todos os outros que são fabricados ou testados em animais.
Neste momento é vegana, adoptando, muito mais do que uma dieta alimentar, um estilo de vida que gira em torno de uma ética de defesa de animais e do meio ambiente.
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