Viver

Do Sopro, Deus fez o Homem, do Sopro, o Homem fez o vidro

12 nov 2020 20:30

Sopro Festival de Arte Pública da Marinha Grande

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Romero, à esquerda, e Nuno Viegas, à direita, colaboram na criação de um mural que homenageia os vidreiros da Marinha Grande
Jacinto Silva Duro
Jacinto Silva Duro

“Formou o Senhor Deus o Homem do pó da terra, e soprou-lhe nas narinas o fôlego da vida”; (Génesis 2:7). Numa terra no meio do pinhal entre Leiria e o mar Atlântico, o Homem criou o vidro da areia da terra e soprou-lhe o fôlego da criatividade. E o Homem viu que era boa aquela arte e criou uma cidade para lhe dar um lar. Assim nasceu a Marinha Grande.

Para celebrar as pessoas que marcaram e marcam a vida da cidade e do concelho, acontece, por estes dias e até ao dia 13, o Sopro - Festival de Arte Pública.

Em três intervenções artísticas assinadas por Ricardo Romero, Nuno Viegas e Robot, o certame que é organizado em parceria pela Câmara da Marinha Grande e pela Associação Riscas Vadias, que também assume a curadoria, homenageia os vidreiros, os bombeiros e os artistas, neste caso, um criador marinhense em específico, Joaquim Correia, num diálogo que se entabula entre o território e as pessoas.

"Esta é uma cidade muito recente, com 250 anos de uma história que coincide com a chegada de Guilherme Stephens e com a fundação da fábrica de vidro, em torno da qual se deu o seu desenvolvimento. A nossa abordagem foi a importância que o vidro teve para o desenvolvimento da cidade. Optámos por homenagear certos sectores que foram fundamentais para o desenvolvimento do concelho", explica Ricardo Romero, da Riscas Vadias.

A pintar nas alturas, encontramo-lo acompanhado por Nuno Viegas, sob o olhar curioso de uma plateia de antigos vidreiros e reformados dos moldes, que assistem ao desenhar de faces anónimas, que vão fluindo dos pincéis e latas de spray dos artistas, para a parede que serve como tela. As peças criadas no âmbito do Sopro colocam em evidência um "diálogo" activo entre os artistas convidados e Ricardo Romero.

O grosso da peça é do primeiro, mas há uma materialização de um apontamento do segundo. Assim se explica a presença de animais nas três intervenções. "O que levou a fábrica a ser instalada foi o pinhal, utilizado como fonte de combustível. Nesta primeira edição, al&e

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