Economia
Edifício Nascente do Mercado Municipal de Leiria vai receber empreendimento na área de restauração
Empresa do Mosteiro do Leitão cria praça da gastronomia
A empresa que detém a marca Mosteiro do Leitão, entre outras, vai explorar o piso zero do edifício nascente do Mercado Municipal, onde será criada uma praça da restauração, que disponibilizará diferentes gastronomias.
Catarina Louro, vereadora da Câmara de Leiria, explica que o objectivo era que o projecto a instalar naquele espaço criasse sinergias com o outro edifício, e que “captasse atenção e atraísse pessoas à cidade e ao comércio local”.
A hasta pública foi adjudicada à empresa S3CTOR, Lda pelo valor de cerca de 4,6 milhões de euros pelo prazo de 40 anos, não podendo exceder os 50 anos incluindo renovações, adianta a autarca.
Está previsto um investimento de três milhões de euros, distribuído pelos três pisos. No zero situar-se-á a praça da restauração, com diferentes alternativas gastronómicas. O piso -1 contempla 14 espaços de armazém e instalações sanitárias e o piso 1 terá um salão com 1400m2, preparado para eventos até 400 pessoas.
“Queríamos um espaço que não passasse a ser um corpo estranho naquela zona da cidade, mas que respondesse às principais necessidades de Leiria, não só a questão do comércio como o turismo. Definindo estes objetivos não tivemos atenção apenas ao preço licitada, mas especialmente aos valores ligados à qualidade técnica do projeto e às mais-valias que traria para a cidade”, afirmou Catarina Louro na reunião de câmara de terça-feira.
A autarca acrescentou que o promotor terá de respeitar a exigência de ligação aos produtores locais. “Esta empresa tem um plano de negócios que garante a sustentabilidade do projecto para não criar falsas expectativas, aprovando uma candidatura que depois não tem capacidade técnica e financeira para se manter nos próximos anos”, assumiu.
Os vereadores independentes, Álvaro Madureira e Daniel Marques, e do PSD, Branca Matos, votaram contra, defendendo que a hasta pública não deveria ter sido condicionada à restauração, considerando que a cedência do direito de superfície é demasiado longa e que pode “hipotecar o desenvolvimento desta cidade”.
O presidente da Câmara de Leiria, Gonçalo Lopes, entende que a aposta na área da restauração é aquela que a autarquia entende ser a que poderá servir como “âncora de dinamização” para os restantes negócios da cidade, destacando que Leiria passará a ter uma sala com capacidade para grandes eventos, uma oferta até agora inexistente na cidade.
O autarca justificou ainda o tempo de adjudicação com a necessidade da empresa “necessitar de tempo para recuperar o investimento”.