Economia

Empresário de Leiria suspeito de fraude na obtenção de subsídios

25 mai 2017 00:00

Operação Inovar, liderada pela Unidade Nacional de Combate à Corrupção, investiga um esquema para angariar fundos comunitários que terá lesado o Estado em cerca de 5 milhões de euros.

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Luís Lourenço, administrador da Silora, empresa de consultoria de Leiria, é suspeito de burlar o Estado em mais de cinco milhões de euros, no âmbito dos fundos comunitários provenientes do Quadro de Referência Estratégica Nacional (QREN).

O empresário terá sido detido pela Polícia Judiciária e, na terça-feira, os inspectores estiveram várias horas na empresa a recolher material probatório, numa acção liderada pelo juiz Carlos Alexandre, que abandonou o local perto das 22 horas. Pouco depois, vários inspectores da PJ saíram da Silora carregando diversos caixotes e pastas.

Em comunicado, a PJ informa que investigação foi desencadeada pela Unidade Nacional de Combate à Corrupção (UNCC), no âmbito de um inquérito dirigido pelo Departamento Central de Investigação e Acção Penal (DCIAP). Foram detidos um homem e uma mulher, pela presumível prática dos crimes de fraude na obtenção de subsídio, desvio de subsídio e falsificação de documentos.

Segundo o Correio da Manhã, os detidos serão Luís Lourenço e a sua contabilista. Alvo de buscas da PJ foi também a empresa Perfitec, revestimentos metálicos, em Leiria, cujo responsável recusou prestar declarações ao Jornal de Leiria. Também a Ambipombal, gestão global de resíduos, teve a visita dos inspectores.

A telefonista que nos atendeu afirmou que sobre o assunto das buscas não estariam disponíveis para falar com o Jornal de Leiria. No decurso da operação, que envolveu 160 elementos da PJ, um juiz de instrução criminal e uma procuradora da República, foram realizadas 53 buscas nas áreas de Leiria, Coimbra, Lisboa e Porto, das quais 20 domiciliárias, duas em escritórios de advogados e 31 não domiciliárias.

Foram também realizadas duas buscas não domiciliárias na Alemanha. Foram ainda constituídos 21 arguidos, dos quais 12 são administradores e gerentes de empresas e nove são pessoas colectivas. A PJ apreendeu também 12 veículos de marcas de gama alta, entre as quais um Porsche, BMW, McLaren, Maserati e Audi.

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