ESSLei desenvolve softskills em crianças da região

A Escola Superior de Saúde (ESSLei) do Instituto Politécnico de Leiria (IPLeiria) vai desenvolver um projecto de promoção de competências em crianças da região, para que fiquem mais preparadas para o futuro. Esta proposta, aprovada pela Fundação Calouste Gulbenkian, torna-se assim numa Academia do Conhecimento.

Liderado por Vanda Varela Pedrosa, docente da licenciatura em Terapia Ocupacional da ESSLei, o objectivo do projecto passa por “dar ferramentas aos cuidadores formais para as aplicarem nas crianças em idade chave”, entre “os 2 e os 8 anos”.

“Inicialmente pensámos envolver também os pais, mas a Fundação preferiu que apostássemos nos cuidadores formais, como professores, educadores de infância, assistentes técnicos, Comissão de Protecção de Crianças e Jovens Eassistentes sociais, que actuam especificamente pronas crianças”, explica Vanda Varela Pedrosa.

Através da metodologia Incredible Years, que “já foi estudada e tem provas dadas”, Vanda Varela (Pedrosa) espera que seja possível dotar as crianças do maior leque de competências, como “serem diariamente mais autónomas na gestão de conflitos, melhorarem a atenção e a concentração, e que possam fazer uma melhor gestão da rotina diária”.

Sublinhando que o projecto “não tem que ver directamente com a parte académica”, a docente acrescenta que se trata de possibilitar uma “melhor adaptabilidade à sociedade”, com “crianças mais resolvidas, mais activas e mais negociadoras”.

Está previsto um plano de várias sessões, totalmente gratuito. Aprovado para 15 meses, o projecto irá decorrer sobretudo no ano civil de 2019 e terá um cariz muito prático. “A ideia será dividir as sessões para que os cuidadores possam aplicar no seu dia-a-dia as aprendizagens e, assim, analisarmos e ver se há ajustes a fazer.”

Para Carolina Henriques, sub-directora da escola, a “aprovação deste projecto, em que a ESSLei é reconhecida como uma Academia do Conhecimento, traduz o empenho, a dedicação e o rigor que a escola tem pautado nas actividades de investigação e de translação do conhecimento científico”.

“Nesta Academia do Conhecimento procuramos desenvolver nas crianças competências que permitam liderar o seu sentido crítico, a frustração, a capacidade de resolver problemas e a adaptação às mudanças. Muitas vezes as crianças estão fechadas nas tecnologias e o mundo não é aquilo”, sublinha Carolina Henriques.

Por ter sido considerada como Academia do Conhecimento da Fundação Calouste Gulbenkian, o projecto da ESSLei conta com o apoio técnico e um financiamento superior a 30 mil euros.