Viver
Exposição. Um mundo perdido volta à vida através dos ossos do Abrigo do Lagar Velho
Museu de Leiria, Avenida Heróis de Angola e Centro de Interpretação Ambiental mostram panteras, quebra-ossos, lobos, auroques e outros bichos que existiram em Leiria na pré-história
Um grande felino carnívoro a 10 quilómetros da Praça Rodrigues Lobo? Ossos recuperados no decurso de escavações arqueológicas (ulna e fémur) revelam a presença da pantera (Panthera sp.) no Vale do Lapedo, durante o Paleolítico Superior.
Também o abutre-barbudo (Gypaetus barbatus) está documentado (vulgarmente conhecido como quebra-ossos) através de excrementos preservados pelo tempo.
Mas a fauna pacientemente extraída do Abrigo do Lagar Velho (freguesia de Santa Eufémia, concelho de Leiria, onde foi descoberto o esqueleto da Criança do Lapedo, com 29 mil anos) é muito mais rica e diversa. No período de há 30 mil a 24 mil anos, encontram-se todas as classes de animais vertebrados: aves, répteis, anfibios, peixes e mamíferos, incluindo o lince-ibérico (Lynx pardinus) e o lobo-cinzento (Canis lupus).
O veado (Cervus elaphus) seria, provalmente, a fonte de alimentação abundante e favorita dos grupos humanos de caçadores-recolectores, numa dieta com cavalo selvagem (Equus sp.), auroque (Bos primigenius, o antepassado, já extinto, do boi), cabra-montês (Capra pyrenaica), camurça (Rupicapra rupicapra), corço (Capreolus capreolus) e javali (Sus scrofa).
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