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Festival A Porta anuncia criação do Laboratório João Gago
A organização acaba de revelar mais novidades sobre a programação que vai ocupar Leiria já no início do próximo mês

Será como um festival dentro do festival. Em 2025, A Porta promove a primeira edição do Laboratório João Gago, feito inteiramente por voluntários e estabelecido em homenagem a João Gago, voluntário do festival – “e apaixonado pelo meio cultural e artístico”, diz a organização – que faleceu prematuramente no ano passado.
“Festival de pequenas dimensões”, tem como objectivo “acolher e capacitar jovens da região que, através do voluntariado, procuram oportunidades de experimentação nas áreas de criação, programação e produção cultural”. E vai apresentar sobretudo “novas propostas e artistas pré-emergentes, maioritariamente da região de Leiria”, em sintonia com “o espírito de participação e descoberta que marcou o percurso do próprio João Gago”.
O arranque do Laboratório João Gago está agendado para 3 de Junho, pelas 18:30 horas, na antiga Pousada de Juventude, com a inauguração do Habitat João Gago, um espaço artístico intimista. Outras actividades incluem poesia pela voz do Coletivo Sisifus, Cláudia Pena com uma dinâmica Drink & Draw, concertos de FEMA e Talvez Inês, teatro com U gato e yoga com Vera Sousa.
A décima edição do Festival A Porta acontece entre 2 e 8 de Junho de 2025, em Leiria.
Outra novidade hoje anunciada são as conversas que vão decorrer na livraria Arquivo: voluntariado cultural, com Leonor Atalaia, responsável pela direcção dos voluntários do Festival Bons Sons, Filipa Rodrigues, professora do Politécnico de Leiria, e Matilde Marques, voluntária d’A Porta; o futuro da cidade, com Joana Ferraz, que tem ligações familiares ao centro histórico e é proprietária de um restaurante local, Miguel Ferraz, membro da direcção do Festival A Porta e morador do centro histórico, e João Rino, que tem integrado diversos projectos e acções de dinamização cultural em Leiria; e, ainda, como revitalizar os centros comerciais abandonados no centro das cidades, com João Mota, director da Void, empresa tecnológica sediada no Centro Comercial D. Dinis, Lino Ferreira, presidente ACILIS e vice-presidente da Confederação do Comércio e Serviços de Portugal, e Nicola Henriques, co-fundador do Silos Contentor Criativo, nas Caldas da Rainha.
A organização do Festival A Porta adiantou esta segunda-feira, por outro lado, alguns detalhes sobre a colaboração que vai juntar Surma e Larie: “A peça musical que estão a criar junta Brasil e Portugal, numa viagem de drones, samples e ritmos que resultam de uma reflexão sobre a realidade das ruas e dos lares, nos dois lados do Atlântico, os desafios da vida moderna e a busca por um lugar para chamar de casa”.
Já a Casa Plástica, desdobra-se por vários lugares, desde o edifício da antiga Pousada da Juventude à Rua Direita e suas transversais, passando pelo Atlas e, pela primeira vez, por lojas desocupadas do Centro Comercial D. Dinis, um dos mais antigos shoppings da cidade.
O Festival A Porta junta-se à organização do Caldas Late Night, de Caldas da Rainha, que assumirá a programação de uma das lojas disponibilizadas. Haverá também uma maratona sonora de música no feminino, um convite à escuta de 24 horas ininterruptas de música, em vinil, onde mulheres tocam música feita por mulheres, e, noutra loja, Ricardo Graça expõe uma selecção de fotografias intitulada Leiria e os Leirienses.
A Rua Direita e suas transversais darão lugar a uma exposição comemorativa das 10 edições d’A Porta, e, outro, destaque, a construção artística que resultará da residência de Alexandra Saldanha, Maria Pinheiro aka Carlos Roxo, e Neuza Matias, no edifício da Pousada.
Da programação constam, como habitualmente, os jantares que reúnem desconhecidos à mesa, em casas particulares, as iniciativas TransPorta-te e as actividades Portinha e 1001 Portas, em que Rui Paixão volta a Leiria, entre muitos outros protagonistas.
Com momentos gratuitos e outros sujeitos a bilhete, o Festival A Porta oferece concertos, exposições, workshops, oficinas, actividades para os mais pequenos e famílias, mercadinhos e feiras.
Em 2025, volta a ter como centro nevrálgico a Rua Direita e suas transversais e espalha-se por outros palcos nas imediações, entre o Jardim Luís de Camões, Atlas, Arquivo Livraria, antiga Pousada da Juventude, Centro Comercial D. Dinis e Jardim de Santo Agostinho.
Na música, Ana Lua Caiano, X-Wife, Filipe Sambado, Noko Woi de Salvador Sobral, Máquina ou Aunty Razor e Von Di são alguns dos nomes mais esperados, além de Unsafe Space Garden, Scúru Fitchádu, Travo, Vaague ou Rossana e ainda Caio, Cremalheira do Apocalipse, Evaya, Veronica Fussaro, Sérgio Onze e Gardênia & Technofoguete.