Sociedade
Filme de Cristóvão Fonseca será exibido em mais de 180 países
Cineasta com ligações a Leiria realiza documentário sobre Amadeo de Souza-Cardoso
Foi durante um conferência sobre indústrias criativas que deu em Lisboa, a convite da Fundação Calouste Gulbenkian, que Cristóvão Fonseca recebeu a notícia pela qual esperava há um ano: o financiamento estava assegurado e o filme sobre Amadeo de Souza-Cardoso ia mesmo avançar, com realização do cineasta, nascido em Paris, filho e neto de emigrantes naturais da região de Leiria, que conta no currículo com mais de 50 filmes, documentários e grandes reportagens (ver caixa).
As filmagens do trabalho sobre Amadeo de Souza-Cardoso (1887- 1918) começaram em Outubro, passando por Lisboa, Amarante, Porto, Paris, Nova Iorque, Washington, Chicago e Berlim. A estreia está marcada para Abril do próximo ano, aquando da inauguração da exposição sobre a vida e a obra do pintor, que terá lugar no Grand Palais, em Paris.
O documentário será depois difundido em cerca de 180 países, através da rede France Télevision, que financia o projecto, a par do organismo público Réunion des Musées Nationaux e do Grand Palais des Champs-Élysées. Cristóvão Fonseca explica que a oportunidade partiu de um convite da Fundação Calouste Gulbenkian, com quem trabalha “há vários anos” e que está também a apoiar o projecto.
“O filme é uma narrativa biográfica, sobre uma vida que parece ficção. As pesquisas estão a permitir descobrir elementos novos. Por exemplo, foi descoberta uma nova obra de Amadeo de Souza-Cardoso”, conta o realizador, de 38 anos, frisando que o documentário pretende “dar a conhecer o trabalho do artista em Portugal, em França e no mundo”.
É, diz, uma forma de “fazer justiça” ao pintor, “reescrevendo a história e o papel” que Amadeo de Souza- Cardoso teve e que “não pode ficar resumido a uma linha nos livros de História de Arte”.
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