Viver
Formaram bandas na adolescência em Leiria e agora vão aos concertos dos filhos
Do caminho aberto por Belly Buttons, No Sense, The SpiTEFUL ou Wicked Lounge surgem projectos como The Speechless Monologue, Wheels, The Third Floor e Terrible Mistake
André tem memórias dele a tocar no bar Holandês do Pedrógão mas agora é Hugo Pires que se mistura entre o público com os olhos postos no filho, também baterista. “Estou a vê-lo e está malta ao lado a dizer: é muito melhor do que o pai!”. Provocações à parte, a geração das bandas de garagem já tem descendência debaixo dos holofotes e os mais novos dividem com os mais velhos o gosto por amplificadores e fita gafa. “E é um orgulho”, comenta o antigo músico de No Sense ou Pinhal d’El Rei, actualmente no colectivo Lazyman, com que, em tempos, actuou no EDP Live Bands. “Projectamos neles aquilo que nós não fomos e queremos que eles sejam felizes assim”.
Não é exagero escrever que o filho, hoje com 19 anos e a estudar em Caldas da Rainha, na Escola Superior de Artes e Design, cresceu numa sala de ensaios, com o tio, e, claro, com o pai. “Desde pequenino se sentava na bateria ao meu colo”. Nem sempre seguem os mesmos artistas, mas partilham a paixão e o à vontade. Na primeira vez em palco, com a Filarmónica das Chãs, André vestiu-se de macaco para interpretar “Seven Nation Army”, dos White Stripes.
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