Economia
Governo pretende criar duas novas cavernas de gás em Pombal
Criação de reservas de segurança está a ser equacionada
O Governo está a trabalhar, com a intenção de criar pelo menos duas novas cavernas de armazenamento subterrâneo nas instalações que a REN tem no Carriço, em Pombal, noticiou o semário Expresso.
Segundo a notícia daquele semanário, as entregas de gás natural liquefeito (GNL) da Nigéria que estavam previstas para este mês não foram comprometidas.
“A informação de que o Governo dispõe é de que, até ao dia de hoje [quarta-feira], não há indicação sobre perturbações nos navios previstos para o mês de Outubro”, declarou ao Expresso fonte oficial do Ministério do Ambiente quando questionado sobre se alguma das cargas previstas no calendário de entregas da Nigeria LNG à Galp ficou comprometida.
Segundo o Expresso, o tema marcou a semana e levantou o debate sobre a segurança de abastecimento de energia em Portugal, assunto sobre o qual o Governo está a trabalhar, com a intenção de criar pelo menos duas novas cavernas de armazenamento subterrâneo nas instalações que a REN tem no Carriço, em Pombal.
Segundo avançou ao Expresso o Ministério do Ambiente, cada uma das cavidades subterrâneas a construir no complexo do Carriço implicará um investimento da ordem dos 40 milhões euros.
Para já, o plano do Governo é avançar com duas, refere o jornal.
O Ministério do Ambiente explica, ao Expresso, que a resolução do Conselho de Ministros de 27 de Setembro determinou “que o operador de armazenamento subterrâneo de gás [a REN] tomasse as diligências necessárias à criação de, pelo menos, duas cavidades adicionais, para armazenamento de gás, com capacidade para, pelo menos, 1,2 TWh”.
De acordo com o Governo, citado pelo Expresso, “estas cavidades servirão para armazenamento das reservas de segurança e, eventualmente, estratégicas de gás natural e deverão estar concluídas num prazo de dois a três anos”.
Este será um projecto importante para Portugal, já que a actual capacidade subterrânea do Carriço está completamente ocupada. Esta instalação e o terminal de GNL que a REN opera em Sines cobrem apenas cerca de um mês do consumo nacional de gás, deixando o país especialmente dependente do cumprimento do calendário de entregas de GNL, com navios a chegar a Sines praticamente todas as semanas, lê-se no artigo do semanário.