Sociedade
História do concelho da Batalha enaltecida no Dia do Município
Os responsáveis políticos do concelho da Batalha proferiram discursos que recordaram a importância do Mosteiro da Batalha para o desenvolvimento da região
Várias figuras políticas do Município da Batalha enalteceram hoje, 14 de Agosto, a história deste concelho, com especial ênfase para a construção do Mosteiro de Santa Maria da Vitória, que levou àquele território os seus primeiros habitantes.
O presidente da Assembleia Municipal da Batalha, Joaquim Ruivo, começou por mencionar a Batalha de Aljubarrota, evento histórico cuja vitória portuguesa permitiu a construção do Mosteiro de Santa Maria da Vitória.
“Essa vitória foi acompanhada de uma promessa, a de erguer uma grande casa de oração em nome de Nossa Senhora caso o exército português vencesse, promessa imediatamente cumprida por D. João I. Sabemos pelo último documento que o professor Saul Gomes há alguns meses viu na Torre do Tombo que, em 1386, os trabalhos no Mosteiro estavam a ser iniciados. Ainda em plena guerra com Castela, D. João I cumpria a promessa”, explicou o também director do Mosteiro da Batalha.
Com o arranque das obras, os primeiros habitantes do território começaram a estabelecer-se. “Os primeiros construtores desta casa de oração - cabouqueiros, carpinteiros, canteiros, mestres, administradores - foram os primeiros habitantes daquilo que será a vila da Batalha, elevada a concelho por foral de D. Manuel”, recorda Joaquim Ruivo.
O presidente da Câmara Municipal da Batalha, Raul Castro, também optou por um discurso de glorificação os momentos históricos vividos no concelho. “O dia 14 de Agosto é mais do que apenas um feriado registado no calendário. É um momento que nos convida a uma reflexão sobre a coragem, a determinação e a resiliência daqueles que lutaram pela liberdade e pela preservação da nossa identidade”.
Sem mencionar qualquer um dos projectos em curso no concelho, o autarca quis realçar que é um “dever” de todos “preservar a memória desses acontecimentos e garantir que as novas gerações compreendam o valor do que foi conquistado”.
A sessão solene contou com a presença de Nuno Melo, ministro da Defesa Nacional, que, à semelhança das cerimónias da manhã de hoje, que assinalaram o 639.º aniversário da Batalha de Aljubarrota, recordou o trabalho desenvolvido pelos militares portugueses em todo o mundo, mesmo em “tempos de paz”.
Além disso, confessou o seu gosto pelo património português, tecendo elogios à “magnificiência do Mosteiro”.
O responsável reafirmou a importância do “poder político investir nas forças armadas e no poder local” e lembrou que “no presente, tal como no passado, Portugal continua a precisar de soldados”.
Medalhas de mérito atribuídas
O Dia do Município da Batalha contou ainda com a entrega de medalhas de Mérito de Assiduidade e Bons Serviços a funcionários da autarquia, além da homenagem, com a Medalha de Mérito Municipal, a entidades e personalidades do concelho.
A Farmácia Moreira Padrão, o latoeiro José Santana Marques, o funcionário do Mosteiro da Batalha Luís Ceiça, o empresário Tiago Tomás e a comerciante Maria de Lurdes Ribeiro receberam a Medalha de Mérito Municipal Grau Prata.
