Saúde
João Morais assume a liderança da Federação até Setembro de 2019
Director de serviço do hospital de Leiria eleito presidente da Federação das Sociedades de Cardiologia de Língua Portuguesa
João Morais, director do Serviço de Cardiologia do Centro Hospitalar de Leiria (CHL) e presidente da Sociedade Portuguesa de Cardiologia (SPC), foi recentemente eleito presidente da Federação das Sociedades de Cardiologia de Língua Portuguesa, para um mandato de um ano até Setembro de 2019.
“Liderar esta Federação é um motivo de orgulho, mas também de grande responsabilidade, já que transporto a bandeira da lusofonia”, revela João Morais, citado numa nota de imprensa.
A Federação das Sociedades de Cardiologia de Língua Portuguesa foi oficialmente constituída em Março de 2015, pela SPC em parceria com a Sociedade Brasileira de Cardiologia, e visa promover o encontro entre os nove países que a compõem, com o objectivo da divulgação da Cardiologia nos países lusófonos, onde vários médicos muitas vezes exercem sem condições ou recursos.
A Sociedade Angolana de Cardiologia também se associou, bem como cardiologistas de Cabo Verde, São Tomé, Moçambique e Macau.
João Morais explica que os principais desafios do seu novo cargo passam por “realizar um encontro anual da Federação, em associação ao congresso da SPC, procurar soluções para a formação e actualização dos colegas e criar um sentimento de Medicina em língua portuguesa”.
“Não nos podemos esquecer que a formação desta Federação foi um acto de solidariedade, mas acima de tudo uma forma de nos aproximar, tendo por base uma língua que é comum.” “Outro dos nossos propósitos será conseguir que a Federação seja admitida junto da CPLP como organismo observador. Isto significaria conseguir que os decisores políticos possam olhar para as doenças cardiovasculares em África, o que até hoje ainda não aconteceu, e que pode ter grande impacto nas populações”, acrescenta o cardiologista.
Para este novo mandato 2018/2019 a nova direcção da Federação tem como principais linhas de acção retomar o projecto de candidatura da Federação ao estatuto observador da CPLP, continuar o projecto para a Erradicação da Febre Reumática em Cabo Verde, procurar parceiros para a criação de bolsas de apoio à formação, divulgar a Federação, reforçar as ligações entre os vários países, e publicar um novo documento de recomendações para uma área específica do risco CV (tabagismo em África).