Sociedade

Junta cria gabinete e dá novo sentido à palavra proximidade

7 dez 2018 00:00

Marinha Grande presta serviço social, de psicologia e nutrição a custo zero

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Daniela Franco Sousa

A Junta de Freguesia da Marinha Grande é um dos raros exemplos do País, onde foi constituído um gabinete com várias técnicas, aptas a trabalhar em várias frentes para, de forma gratuita, contínua e integrada, apoiarem as famílias a resolver os seus problemas.

Chama-se Gabinete de Apoio Psicossocial (GAP), é composto por duas psicólogas, uma nutricionista e uma socióloga e, só no ano passado, ajudou 323 famílias daquela freguesia, deixando outras largas dezenas em lista de espera. E, apesar de assentar sobre apertadas condições orçamentais, de uma junta que não tem muitos recursos, salienta a presidente, Isabel Freitas, este serviço tem até sido um apoio para as escolas, tribunal, Comissão de Protecção de Crianças e Jovens, centro de saúde, entre outras entidades locais que também recorrem aos seus préstimos.

Nelly Almeida, psicóloga, tinha estagiado num gabinete de apoio psicológico sediado na Junta de Freguesia de Forte da Casa, no concelho de Vila Franca de Xira. No final, quis trazer o projecto que tinha desenvolvido para a sua área de residência. Como a Junta da Marinha Grande pretendia recuperar esse serviço, que também tinha prestado anos antes, contratou a jovem psicóloga, que passou a prestar atendimento até ao GAP, explica Nelly Almeida. Foi em 2010.

No entanto, recorda Isabel Freitas, uma vez que se candidatou ao cargo de presidente no pressuposto de vir trabalhar “de portas abertas à comunidade”, decidiu não só intensificar o apoio de psicologia como integrar outras valências no que viria a ser o GAP. Foi o passo que lhe pareceu mais acertado, recorda a presidente, já que na sequência de uma reclamação sobre um buraco na estrada chegavam até ela muitos pedidos de outra natureza, outros tipos de carência que iam além do alcatrão e aos quais também era preciso dar resposta.

Assim, em 2014, juntou-se a Nelly Almeida outra psicóloga, Ana Maria Meiavia, também Elisabete Carreira, socióloga, e Marta Malhó, nutricionista. Juntas passaram a dinamizar o GAP de segunda a sexta-feira, das 9 às 17 horas. E é muito diversificado o conjunto de problemas trazidos pelas pessoas. Sendo que alguns deles se interligam e merecem uma abordagem multidisciplinar de toda a equipa. 

É a Elisabete Carreira que compete receber e fazer a triagem dos pedidos de auxílio que chegam à Junta. A socióloga explica que os problemas que chegam até às psicólogos prendem- se sobretudo com divórcios, separações e outros conflitos familiares, associados por vezes a violência doméstica e à exposição de menores a esse ambiente de guerrilha. Mas existem outros pedidos de ajuda aos quais é preciso acudir: dificuldades de integração social, situações de desemprego de longa duração e até de carência alimentar.

Apoiar pessoas a encontrar emprego, dotá-las de conhecimentos para melhorar a sua higiene ou a gestão do seu orçamento têm sido práticas recorrentes e frutíferas, expõe Elisabete Carreira. E o trabalho em rede com outras entidades, como a Conferência Vicentina, tem dado também bons resultados, exemplifica a t&eacu

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