Missão Ucrânia
Kostya já está a trabalhar e é uma excepção. A integração nas empresas está demorada
Voluntários, municípios e empregadores queixam-se da burocracia
* Texto publicado originalmente a 7 de Abril de 2022 na edição em papel 1969 do JORNAL DE LEIRIA
Demorado e burocrático. O processo de integração no mercado de trabalho dos cidadãos ucranianos que chegaram a Portugal nas últimas semanas, em fuga da guerra no país de origem, não está a acompanhar a rapidez com que surgem as ofertas de emprego, nem o desejo de autonomia que quase todos os refugiados manifestam.
Logo no início de Março, entraram na Associação Empresarial da Região de Leiria (Nerlei) mais de 200 ofertas de emprego dirigidas a deslocados da Ucrânia. Volvido um mês, são raros os casos, no concelho de Leiria e nos concelhos vizinhos, de refugiados que já estão a trabalhar.
A lentidão administrativa na legalização, em especial na obtenção do número de contribuinte (NIF), é um dos obstáculos, num processo que também inclui a documentação a emitir pelo Serviço de Estrangeiros e Fronteiras, o número de identificação da Segurança Social (NISS) e o número de utente do Serviço Nacional de Saúde. Mas há outros factores a ter em conta: o transporte, a creche ou jardim de infância para as crianças, as aulas de português, além da estabilidade no alojamento, num momento em que a generalidade das habitações disponibilizadas são temporárias.
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