Sociedade
Leiria valorizou seis toneladas de têxteis reconvertidos em novos produtos
Projecto “Se não vestes Valoriza” avança para a segunda edição com o objectivo de superar os resultados do último ano lectivo.
O projecto “Se não vestes, valoriza!”, desenvolvido no último ano lectivo, permitiu a recolha e valorização de seis toneladas de toneadas de têxteis em Leiria.
O balanço foi apresentado, esta quarta-feira, numa sessão onde as escolas envolvidas receberam produtos resultados da reciclagem efectuada, nomeadamente, cabides, suportes de telemóvel, kits de cultivo de micro-vegetais, sacos Tote Bag, mantas e mochilas.
“Converteu-se o que foi entregue em produtos úteis para as comunidade escolar”, salientou o vereador do Ambiente, Luís Lopes, frisando que o projecto permitiu ainda desviar de aterro uma quantidade significativa de resíduos têxteis.
Face aos bons resultados do primeiro ano, o projecto vai agora avançar para edição, com a expectativa de haver mais escolas e instituições a participar. O objectivo, assumiu o vereador, é “ultrapassar as seis toneladas”, com mais resíduos recolhidos e mais pontos de recolha.
“Queremos que o circuito de recolha selectiva de têxteis se torne uma rotina e não uma excepção”, defendeu Luís Lopes, lembrando que, a partir de Janeiro de 2025, essa recolha passará a ser obrigatória.
Neste primeiro ano, o projecto contou com 19 pontos de recolha em estabelecimentos de ensino, cinco em espaços da câmara e um nos Serviços Municipalizados de Água e Saneamento. De acordo com os dados apresentados pela autarquia, 88% dos resíduos foram recolhidos nas escolas, 9% nos espaços camarários e 3% nos SMAS.
“Leiria foi, em termos nacionais, um dos concelhos com maior participação das escolas”, revelou António Dinis, representante da ToBeGreen, empresa responsável pelo processamento do material recolhido.
Esta entidade faz também a gestão da plataforma onde podem ser adquiridas pelas de vestuário em segunda mão. “A roupa entregue é convertida em pontos que podem ser depois utilizados na aquisição de peças na plataforma, num sistema de economia circular em que todos ganham”, salienta o responsável.