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Livro documenta o restauro do Mosteiro da Batalha por Luís Mouzinho de Albuquerque
A nova edição a ser apresentada esta quinta-feira na Biblioteca Nacional foca-se na obra executada em meados do século XIX que ajudou a tornar o Mosteiro da Batalha numa referência do neogótico
Luís Mousinho de Albuquerque e o restauro do Mosteiro da Batalha no século XIX, de Clara Moura Soares, é apresentado esta quinta-feira, 12 de Dezembro, na Biblioteca Nacional, em Lisboa, numa sessão com início às 17:30 horas.
O livro, em edição bilingue, assinala os 170 anos da publicação original do relatório técnico de Luís Mouzinho de Albuquerque, em que se encontram assinaladas acções e metodologia de intervenção no Mosteiro da Batalha. Inclui, também, uma introdução crítica de Clara Moura Soares, um prefácio de Maria João Neto e fotografias novecentistas do monumento.
Clara Moura Soares é directora da licenciatura de História de Arte da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa e Maria João Neto é directora do ARTIS – Instituto de História da Arte da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa.
Para o director do Mosteiro da Batalha, Joaquim Ruivo, trata-se de um “contributo importante” para o estudo de “uma obra de conservação e restauro ímpar”, à época, “até em termos europeus”.
O livro que será lançado amanhã na Biblioteca Nacional documenta a requalificação de 1840-1843 do monumento classificado como património da humanidade e inscrito na lista do património mundial da Unesco.
Conforme se lê na nota de divulgação do evento em Lisboa, “o trabalho de Mousinho [de Albuquerque] foi orientado pelas gravuras do arquitecto irlandês James Murphy”, fundamentais para que a Batalha “se tornasse uma das principais referências para o desenvolvimento do neogótico”.
Joaquim Ruivo salienta o carácter “pioneiro” do levantamento executado por James Murphy, que em 1789 permaneceu 13 semanas em Portugal a medir e a desenhar o Mosteiro da Batalha, período que resultaria na publicação de Plans, Elevations, Sections and Views of the the Church of Batalha, vendido em fascículos, entre 1792 e 1795, em vários países da Europa, com subscritores como o príncipe regente português e os monarcas britânicos.
A apresentação agendada para esta quinta-feira tem associada, precisamente, a exposição de edições históricas do álbum de James Murphy.
Luís Mousinho de Albuquerque e o restauro do Mosteiro da Batalha no século XIX é uma edição da responsabilidade da Scribe, com o apoio da Fundação Gaudium Magnum — Maria e João Cortez de Lobão.