Viver
“Maria Lamas, Amor, Paz e Liberdade”. Um livro que precisa da sua ajuda
Editora de Leiria lança campanha para angariar fundos e publicar obra sobre a escritora e activista Maria Lamas
A Barca do Inferno é uma editora fundada em Leiria que está a tentar lançar o livro ilustrado Maria Lamas, Amor, Paz e Liberdade, uma obra informativa e biográfica sobre a escritora, tradutora, jornalista e activista dos direitos femininos Maria Lamas.
O casal responsável pela criação da editora em 2012, Mafalda Brito e Rui Lourenço, contava com algum apoio institucional de museus e municípios que permitisse a produção deste livro, no entanto, isso não aconteceu, e uma vez que o apoio “não era suficiente”, optaram por um crowdfunding, disse Mafalda à agência Lusa.
Maria Lamas, Amor, Paz e Liberdade é um “livro ilustrado, mas não é exclusivamente para crianças”, explica Rui Lourenço ao JORNAL DE LEIRIA, destina-se a todas as faixas etárias.
Mafalda acrescenta: “Já existem livros sobre a Maria Lamas exclusivamente dedicados a adultos”, o que os levou a “incluir as crianças” nesta publicação que recorda a vida de uma figura que é considerada uma das mais combativas e marcantes do século XX português.
A dupla de artistas é responsável por todo o processo da editora, nomeadamente a escrita, a ilustração, a paginação, o contacto com livrarias, com o público e a divulgação, e reconhece que não tem a tarefa facilitada, já que, além das dificuldades técnicas, os apoios dados pelo Estado e pelas autarquias não são suficientes para a quantidade de “pessoas a fazer coisas”.
A campanha (a decorrer em ppl.pt/marialamas) pretende angariar 4 mil euros e ontem já tinha recolhido 60% do objectivo.
Maria da Conceição Vassalo e Silva da Cunha Lamas nasceu no dia 6 de outubro de 1893 em Torres Novas. Em 2023 assinalaram-se os 130 anos do nascimento daquela que é considerada uma das mulheres mais combativas e marcantes do século XX português.
Escritora, jornalista, investigadora, ativista, Maria Lamas deixou ainda um retrato sobre a condição das mulheres portuguesas nos anos 1940, com texto e fotografias, intitulado "As Mulheres do meu País", publicado entre 1948 e 1950, em fascículos para fugir à censura do Estado Novo.
