Economia

Miguel Goulão, novo presidente da Assimagra, apela à união do sector da pedra num contexto de dificuldade

10 set 2020 17:55

Tomada de posse dos novos órgãos sociais decorreu esta tarde no Castelo de Porto de Mós

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Miguel Goulão
Daniela Franco Sousa
Daniela Franco Sousa

Miguel Goulão é o novo presidente da Assimagra, a Associação Portuguesa dos Industriais de Mármores Granitos e Ramos Afins. Durante a cerimónia de tomada de posse dos novos órgãos sociais, que se realizou esta tarde no Castelo de Porto de Mós, o novo presidente apelou à união dos empresários do sector, num momento de particular dificuldade.

Dirigindo-se ao ministro do Ambiente e ao secretário de Estado da Energia, Miguel Goulão considerou que alterar a legislação que rege este sector de actividade numa altura de "indefinição" como a que se vive, devido à pandemia, "não é justo". Mas, sublinhou, "as novas exigências nunca nos vão fazer desistir. Desenganem-se, este sector vai continuar a trabalhar" e "não vamos desistir de melhorar a nova lei enquanto esta não estiver publicada em Diário da República".

Para isso, apelou o presidente, "é fundamental que, quando convocados, [todos os empresários do ramo] possam disponibilizar do seu tempo". Afinal de contas, "está em causa uma lei que pode provocar gravíssimas consequências ao nosso sector. Temos de estar todos unidos", reforçou.

Miguel Goulão frisou que a pedra é hoje um sector do qual todos os empresários se podem orgulhar, pela forma sustentável como trabalha. O presidente notou ainda o contributo deste ramo na economia do País, que "dobra o rendimento médio declarado de todas as actividades económicas de Portugal".

Quanto à promoção do sector, a candidatura da calçada portuguesa a Património Cultural Imaterial da Humanidade, a construção de um monumento de homenagem aos profissionais de saúde durante a pandemia (a edificar em Lisboa e em Porto de Mós), bem como a construção do espaço Stone City, a instalar em Pêro Pinheiro (Sintra) são algumas das formas de valorizar a actividade, especificou Miguel Goulão.

Também Jorge Vala, presidente de Câmara de Porto de Mós, realçou a importância da pedra neste concelho, cuja promoção está a ser feita pelo Município através da candidatura dos tradicionais muros de pedra seca às Sete Maravilhas da Cultura Popular.

O autarca acrescentou que há ainda muito trabalho a fazer no sentido de captar o interesse dos jovens para estudar e trabalhar neste sector, que já é dominado por tecnologias de topo, mas onde continua a prevalecer algum preconceito associado à dureza da actividade.