Economia
Sociedade de Porcelanas de Alcobaça recorre a tribunal para tentar viabilização
“O PER tem como principal e único objectivo permitir a viabilização da SPAL, estabelecendo-se negociações com todos os credores de forma a definir e acordar as referências do plano de reestruturação necessário à sobrevivência da empresa”
A Sociedade de Porcelanas de Alcobaça recorreu a tribunal para avançar com um Plano Especial de Revitalização (PER).
Em comunicado que acaba de divulgar, a administração diz que a empresa “encontra-se numa situação de crise empresarial que se viu agravada com a queda abrupta e significativa da economia mundial com a pandemia Covid-19, que veio desvalorizar os negócios e rodear a empresa de grandes incertezas”.
Os resultados registados nos últimos anos, em especial no período de 2019 e 2020, deixaram a empresa “numa situação económico-financeira de grande fragilidade e de difícil sustentabilidade, tendo a Administração da SPAL de levar a cabo medidas de reestruturação, com vista à sustentabilidade da empresa face à actual conjuntura”.
Actualmente, e apesar de ter recorrido à suspensão de contratos de trabalho, e face ao facto de não ter havido retoma significativa do nível de encomendas e da actividade económica que permita sustentar uma perspectiva optimista a medio prazo, “torna-se necessário tomar outro tipo de medidas por forma a assegurar a viabilidade da empresa”.
A administração explica que “importa tomar decisões que evitem o agravar da situação económico-financeira e o desequilíbrio da conta de exploração, o que conduziu à necessidade de adequar a estrutura de custos fixos à nova realidade pós-pandemia, iniciando um processo de despedimento colectivo que abrange 38 pessoas e apresentando um PER”.
“A SPAL viu-se forçada a tomar esta iniciativa como medida de gestão e por forma a fazer face à pressão de alguns credores financeiros. O PER tem como principal e único objectivo permitir a viabilização da SPAL, estabelecendo-se negociações com todos os credores da empresa de forma a definir e acordar as referências do plano de reestruturação necessário à sobrevivência da empresa”.
“O que é pretendido é promover todos os esforços para a viabilização da SPAL e assegurar a manutenção de cerca de 270 postos de trabalho”, garante a administração, frisando que “todas as decisões, tomadas e a tomar, tiveram e têm como único objectivo a sobrevivência” da empresa.