Saúde
Ministério da Saúde abre vagas para 56 médicos na região de Leiria
Lacunas são reconhecidas em 25 especialidades
O Ministério da Saúde abriu um concurso público para o preenchimento de 731 postos de trabalho para a categoria de recém-especialistas da área hospitalar.
Deste número 13 são para a área de saúde pública e os restantes 718 para a área hospitalar.
Segundo o despacho publicado, no dia 16, em Diário da República foram abertas 38 vagas para o Centro Hospitalar de Leiria (CHL), das quais uma para cada uma das especialidades de Anatomia Patológica, Dermatovenerologia, Doenças Infecciosas, Endocrinologia e Nutrição, Ginecologia/Obstetrícia, Hematologia Clínica, Imunoalergologia, Medicina Física e de Reabilitação, Nefrologia, Neurologia, Oncologia Médica, Ortopedia, Pneumologia, Psiquiatria da Infância e da Adolescência, Radiologia, Reumatologia, duas para Anestesiologia, Angiologia e Cirurgia Vascular, Cardiologia, Pediatria, Oftalmologia e Psiquiatria, três para Cirurgia Geral e sete para Medicina Interna.
É também para a Medicina Interna a maioria dos lugares disponíveis para o Centro Hospitalar do Oeste – quatro – de um total de 18.
As restantes vagas são uma em cada uma das especialidades de Anestesiologia, Cardiologia, Ginecologia/Obstetrícia, Neurologia, Oftalmologia, Ortopedia, Pediatria, Pneumologia, Radiologia e Urologia e duas para Cirurgia Geral e Psiquiatria.
A falta de médicos há muito que é reclamada pelo Conselho de Administração do CHL.
Cansado de promessas e de poucas respostas, Helder Roque, presidente do CHL, apresentou a demissão e, perante o “silêncio da tutela”, renunciou ao cargo no final do Abril.
“A tutela não foi parca em elogios ao trabalho que a nossa instituição desenvolveu. (…) Mas foi parca em meios. Não há condições para colmatar as necessidades mínimas em pessoal, não há meios para investimento”, escreveu Helder Roque, ao afirmar não ter dúvidas que a sua saída, “enquanto protesto”, é o melhor contributo que pode dar para “reforçar a a dimensão do CHL como instituição de referência regional”.
Há cerca de duas semanas, o director do Serviço de Psiquiatria e Saúde Mental, Cláudio Laureano, revelava, numa carta aberta à ministra da Saúde, que “os pedidos solicitados pelo CA à tutela de contratações directas de diversos médicos vieram todos rejeitados”.
“Provavelmente com o pretexto de que se aguarda o concurso nacional. Acontece que noutras latitudes, deste pequeno país, não ocorre assim. E a verdade é esta: estes médicos para quem foram solicitadas contratações directas estavam interessados e motivados em vir para o CHL.”
O especialista acrescentou que quando as contratações são por concurso, “quando as vagas são preenchidas, frequentemente pouco tempo depois os médicos rescindem os seus contratos, assim que obtêm um contrato numa outra unidade hospitalar, muitas vezes privada, mais próxima dos seus agregados familiares”.