Sociedade
Misericórdia de Alvorge acusada de poluir terrenos adjacentes
A provedora, Maria Luísa Ferreira, refuta as acusações, alegando que a instituição dispõe de uma “ETAR compacta”, onde é feito “um pré-tratamento” dos esgotos.
Nos últimos anos, por várias vezes, as fossas que recebem o esgoto proveniente da Misericórdia de Alvorge, no concelho de Ansião, registam escorrências para terrenos adjacentes.
Além disso, existe um dreno, feito em 2012 pela Câmara de Ansião, que encaminha as águas residuais para um sumidouro, localizado junto a uma linha de água marcada como tal na carta militar.
A situação está a preocupar o Grupo de Protecção de Sicó (GPS) e a Junta de Freguesia local, que temem uma eventual contaminação dos lençóis freáticos, dada as características cársicas do solo.
A provedora, Maria Luísa Ferreira, refuta as acusações, alegando que a instituição dispõe de uma “ETAR compacta”, onde é feito “um pré-tratamento” dos esgotos. Mas, reconhece que, “às vezes, há avarias”, como a que aconteceu recentemente “na bomba de arejamento da ETAR”, que obrigou à chamada de “um camião especializado para fazer a limpeza”.
Segundo a provedora, essa intervenção teve lugar no dia em que os inspectores da Administração Regional Hidrográfica (ARH), visitaram o local.
A Agência Portuguesa do Ambiente (APA) confirma a deslocação ao local, “não tendo verificado a existência das escorrências referidas”. No entanto, “dado as características da massa de água subterrânea em causa”, os serviços deste organismo vão “efectuar a reavaliação do título de utilização dos recursos hídricos para rejeição de águas residuais tratadas no solo”, atribuído à instituição e que, de acordo com a provedora, está válido “até 2020”.