Sociedade
MP acusa de dano qualificado dono de terreno dos campos de ténis
Arlindo Lisboa Moniz tem diferendo com a Câmara há vários anos
Um dos proprietários do terreno onde foi construído o complexo de ténis, em São Romão, está acusado de seis crimes de dano qualificado pelo Ministério Público de Leiria.
Em causa estão várias acções de corte de árvores e de estrume deitado nos campos, que são geridos pelo Clube Escola de Ténis de Leiria (CETL) desde 2014, obrigado, por diversas vezes, a suspender a sua actividade desportiva.
Segundo a acusação a que o JORNAL DE LEIRIA teve acesso, o Município de Leiria pede uma indemnização de 111.946,76 euros a título de danos patrimoniais e o CETL pede a restituição de três mil euros pelos danos causados.
O despacho refere que, por duas vezes, em 2016 e 2017, o arguido, “munido de uma moto-serra procedeu ao corte e abate de dezenas de árvores plantadas pelo Município de Leiria”.
Em Julho de 2017, o acusado colocou esses troncos à entrada dos campos de ténis, “estragando o pavimento de cimento e a plataforma superior do anfiteatro”.
Esta situação voltou a repetir-se por mais duas vezes. Já em Novembro de 2017, o arguido arremessou para o interior de dois campos de ténis “duas garrafas de vidro contendo creolina e dejectos de animais, estragando o piso dos campos e provocando um odor nauseabundo no recinto do clube, impedindo o normal acesso e utilização do mesmo por terceiros.
No dia 2 de Janeiro de 2019, o arguido colocou 28 toneladas de estrume dentro do recinto do CETL.
“Por forma a prevenir a continuação de actos praticados pelo arguido, o Município de Leiria foi obrigado a contratar serviço de vigilância e segurança para o CETL.
O despacho refere ainda que existe um litígio entre o Município de Leiria e a Sociedade Leiria Polis (extinta), por alegado incumprimento de um protocolo, estando a decorrer um processo judicial no Tribunal Administrativo e Fiscal de Leiria.