Sociedade
Multidão mais dispersa na Nazaré após corte de estrada e reforço de meios
Em causa esteve a concentração de milhares de pessoas junto ao Farol de S. Miguel Arcanjo e nas arribas junto à Praia do Norte, na expectativa de se formarem ondas gigantes.
O reforço dos meios da autoridade marítima, PSP e protecção civil permitiu dispersar a multidão que hoje se concentrou na Praia do Norte, na Nazaré. Segundo a Capitania, a situação já se encontra controlada.
“Com o fecho do acesso pedonal ao Farol e um reforço da acção dos meios da Polícia Marítima, da PSP e elementos da câmara, devidamente identificados, conseguiu-se dispersar a multidão”, disse à agência Lusa o comandante do Porto da Nazaré, Zeferino Henriques, assegurando que, ao início da tarde, “já se encontravam menos pessoas nas arribas”.
Em causa esteve a concentração de milhares de pessoas junto ao Farol de S. Miguel Arcanjo e nas arribas junto à Praia do Norte, depois de, nos últimos dias, ter sido divulgada pela comunicação social e nas redes sociais a possibilidade de na quarta e na quinta-feira se formarem ondas gigantes.
À semelhança do que tem acontecido nos últimos anos, a presença de surfistas portugueses e internacionais atraiu ao local milhares de pessoas que se aglomeraram, pondo em causa, por um lado a segurança individual, dada a perigosidade das arribas, e, por outro, o cumprimento das normas de contenção da pandemia da Covid-19.
A Capitania do Porto da Nazaré empenhou para a Praia do Norte todos os meios da Estação Salva-Vidas (para socorro no mar) da Polícia Marítima, para actuar em terra, e contou ainda com o reforço da PSP, dos bombeiros, da protecção civil municipal e de uma empresa de turismo marítimo, que dá apoio aos surfistas.
“Pouco depois das 10 horas foi decidido vedar a estrada do Farol à circulação pedonal e foi intensificada a presença das autoridades de elementos da Câmara, entre os populares, no sentido de os obrigar a usar máscara e a manter o distanciamento social, conseguindo-se assim aumentar as condições de segurança”, explicou Zeferino Henriques.
Simultaneamente, foram feitos apelos sonoros, em várias línguas, para que as normas fossem cumpridas.
A diminuição da altura das ondas, ao longo do dia, “contribuiu também para que muitas pessoas fossem abandonando o local, à medida que os surfistas iam saindo da água”, explicou o mesmo responsável.
A autarquia e as autoridades locais já tinham determinado anteriormente o encerramento do Forte de S. Miguel ao público e condicionar o trânsito na estrada de acesso ao local.
Para segunda-feira está previsto o início do período de espera da temporada de ondas gigantes, durante o qual surfistas de vários países se concentram na Nazaré aguardando que o mar reúna as condições ideais para enfrentarem as ondas da Praia do Norte.
Até lá, a autarquia e as autoridades locais deverão reunir-se e divulgar medidas para evitar a concentração de público.