Sociedade
Município da Nazaré prepara plano para alterações climáticas
A encosta do Sítio e da Pederneira apresentam vulnerabilidades ao nível da instabilidade das vertentes, conclui o documento
A preparação do Plano Municipal de Adaptação às Alterações Climáticas, enquadrado no projecto Oeste Adapta – Planeamento da Adaptação Climática Municipal na Região Oeste, liderado pela OesteCim, em parceria com o CEDRU e a Vestlandsforsking (Noruega), financiado pelos EEA Grants Portugal no quadro da Small Grants Scheme #3 - Projectos para reforçar a adaptação às alterações climáticas a nível local, do Programa Ambiente, foi o motivo do encontro da semana passada, na Nazaré.
O vereador da Câmara da Nazaré, com o pelouro do ambiente, Orlando Rodrigues, apresentou as conclusões do trabalho de recolha dos riscos climáticos e vulnerabilidades no território concelhio, sobre os quais as medidas a adotar no Plano Municipal de Adaptação às alterações climáticas se irão concentrar.
Entre as conclusões destaca-se que a tendência de risco de incêndio florestal é de estabilização devido à “gestão florestal mais eficaz e ao abrandamento da dispersão do edificado, já o risco de cheias rápidos e inundações pode agravar-se, sendo mais previsível que aconteça em Valado dos Frades.
A suscetibilidade de risco de erosão hídrica de solos é mais provável em Famalicão, que também apresenta, tal como a Nazaré, risco acrescido de galgamentos e erosão do litoral”.
Das vulnerabilidades identificadas “existe uma maior probabilidade de agravamento de temperaturas máximas, eventos extremos de calor e frequência da severidade de secas, devido às projeções de diminuição de precipitação total”.
Os territórios vulneráveis prioritários na resposta a delinear são Fanhais, pelo risco extremo de calor; embora todo o território esteja exposto ao nível da seca meteorológica; as matas de Fanhais, Valado dos Frades, Pinhal de N.S Nazaré e os Raposos ao nível dos incêndios florestais, e a Nazaré (nomeadamente a marginal), Valado dos Frades e Quinta Nova, em Famalicão, ao nível de cheias rápidas e inundações.
A encosta do Sítio e da Pederneira apresentam vulnerabilidades ao nível da instabilidade das vertentes e a subida prevista do nível do mar poderá afetar a foz do rio Alcoa, a marginal da Nazaré e o Salgado, em Famalicão da Nazaré.
“É importante que se reflita sobre tudo isto, pois impacta com tudo e todos”, disse o vereador do Ambiente.