Abertura
Não é só a abstenção. Maiores partidos também estão a perder militantes
PS, PSD, CDS, BE e PCP somam menos de 10 mil membros no distrito de Leiria. Dirigentes locais sugerem novas formas de participação
Dizer que os principais actores da política portuguesa depois do 25 de Abril estão a ficar sozinhos em casa é, provavelmente, um exagero. Ou não? A abstenção está acima dos 50%, a escolha dos dirigentes locais nem sempre mobiliza as bases e os estudos mostram que há hoje muito menos militantes do que no auge da filiação partidária, em meados da década de 90. É o tempo em que soam os alarmes e já se vaticina que maiorias absolutas, tão depressa, não voltam.
Com eleições internas ao nível dos concelhos e distritais agendadas para os próximos meses, os maiores partidos têm desafios pela frente. Muitos. Precisam de encontrar mecanismos para recuperar a participação dos eleitores – PS e PSD perderam em conjunto 848 mil votos desde as legislativas de 2005 – e ao mesmo tempo tentam contrariar o descontentamento das novas gerações, que estão a migrar para novas causas, o que abre espaço a outros nomes e forças na Assembleia da República, de que são exemplo o PAN, o Livre, a Iniciativa Liberal e o Chega.
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