Viver
Novos Ventos. “Chamo-me Fred. Estou aqui com vocês para criarmos uma peça de teatro numa semana”
Mais de 200 actores amadores (crianças, jovens e adultos até à última idade) vão fazer teatro com o Leirena, no festival Novos Ventos, que está nos Marrazes neste fim-de-semana e também conta com espectáculos de grupos profssionais
O ensaio ainda vai no início quando Frédéric da Cruz Pires lança a pergunta: “Vamos fazer um espectáculo sobre o quê?” Em minutos, já os utentes da Amitei arriscam representar memórias de outra época, que viveram na Mata dos Marrazes. Bailes, piqueniques, cantigas – “de quem eu gosto, nem às paredes confesso”.
Gracinda, escolhida para encabeçar o elenco, dá o tom: “Os eucaliptos têm mamado a água toda” e os pinheiros “desapareceram”. Se nada mudar, a floresta “está perdida”.
Com idades entre os 60 e os 90 anos, os 15 seniores da Associação de Solidariedade Social de Marrazes são um dos grupos com que o Leirena está a trabalhar ao longo da semana, no contexto do festival Novos Ventos. As apresentações, ao vivo, acontecem no próximo sábado.
“É fácil envolvê-los”, comenta Miguel Mesquita, técnico de animação socio-cultural na Amitei. O teatro é uma proposta frequente na instituição. Favorece “a ligação com o meio” e “a manutenção das relações sociais”, reforça “o bem-estar e a autonomia” e fortalece “a confiança” e “a auto-estima”.
Organizado pelo Leirena, o Novos Ventos chega em 2023 à oitava edição e repete o formato de quatro semanas em quatro freguesias: Marrazes, Arrabal e (pela primeira vez) Regueira de Pontes e Parceiros e Azóia.
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