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O Nariz e o Teatro Apollo evocam o Conde de Ourém durante três dias

10 set 2021 10:30

Espectáculo de acesso gratuito, sexta, sábado e domingo, em vários pontos da vila medieval de Ourém

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Uma encenação que viaja até ao século XV
J. Pesqueira

O espectáculo D. Afonso, Conde de Ourém, Príncipe de Portugal, é uma produção da companhia O Nariz, que partilha a interpretação com o Teatro Apollo, com texto de Luís Mourão e encenação de Pedro Oliveira.

Acontece hoje, sábado e domingo, dias 10, 11 e 12 de Setembro, na vila medieval de Ourém, sempre às 18:30 horas. Conta com uma dezena de actores, com o colectivo Vícios do Campo (arqueiros) e com o grupo de música antiga e tradicional Porta da Traição.

A encenação desenvolve-se em três espaços – o Castelo, a Fonte e a Igreja – e tem como figura central o Conde de Ourém.

“Um homem letrado, um homem viajado, um homem sábio”, que várias vezes serviu Portugal como embaixador em reuniões no estrangeiro, assinala Pedro Oliveira.

O enredo tem como pano de fundo precisamente a partida de D. Afonso para Lisboa, a fim de viajar e participar, em nome do reino, no Concílio de Basileia, na terceira década do século XV.

No primeiro momento, no Castelo, D. Afonso, D. Antão Martins de Chaves, bispo do Porto, Vasco Fernandes de Lucena, doutor em Leis, que o acompanharão na viagem, e João Vasques, almoxarife, que ficará em Ourém a velar pelo que lhe for determinado, preparam o que se segue e que inclui o sonho de um palácio digno e demonstrativo do enorme poder que o Conde de Ourém descreve aos presentes.

Já na fonte, algumas mulheres e homens do povo louvam-no pela obra feita mas o louvor turva-se com a possibilidade de ainda maiores sacrifícios materiais.

Na igreja, Pedro Anes traz a Diogo Pires, o Velho, escultor judeu, o garante de que a sua obra maior, a estátua jazente de D. Afonso, se concretizará segundo as indicações precisas do dono da obra.

No fim do espectáculo, será possível visitar a cripta e túmulo do Conde de Ourém.