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Obras no Mosteiro da Batalha vão continuar, pelo menos, até 2025

27 jan 2023 14:53

O próximo projecto, financiado através do PRR, abrange o restauro das Capelas Imperfeitas

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Isabel Cordeiro e o antes e depois no Claustro de D. Afonso V
Jornal de Leiria

No Claustro de D. Afonso V, a obra já está concluída e revela os alçados e galerias com renovado esplendor.

Já no chamado Claustro Real, o Claustro de D. João I, a intervenção de conservação e restauro vai a meio, mas as visitas ao espaço continuam a ser permitidas. Prevê-se que fique concluída até ao mês de Maio.

Esta manhã, a secretária de Estado da Cultura, Isabel Cordeiro, visitou os trabalhos a decorrer no Mosteiro da Batalha – a cargo da empresa In Situ – e não escondeu a satisfação: “Estamos a ver uma intervenção muitíssimo bem executada. Dou os parabéns, as equipas merecem. Fico muito contente”.

O programa terminou com a inauguração oficial da nova Loja do Mosteiro, que agora está situada no final do circuito que os visitantes percorrem.

A intervenção de conservação e restauro de ambos os claustros e a criação da nova loja representam um investimento de 1 milhão e 100 mil euros, suportado em 85% por fundos comunitários.

Entretanto, um novo conjunto de intervenções no Mosteiro da Batalha, no valor de 1 milhão e 600 mil euros, no âmbito do Programa de Recuperação e Resiliência (PRR), deverá acontecer até ao final de 2025, anunciou o director-geral do Património Cultural, João Carlos Santos.

O projecto contempla a recuperação das coberturas da Sala do Capítulo, a requalificação do Jardim do Claustro e a revisão do sistema eléctrico e de equipamentos de segurança integrada, além da conservação e restauro das Capelas Imperfeitas.

Descansem, que não vamos terminar as Capelas Imperfeitas”, comentou João Carlos Santos. Ou seja, vão manter-se a céu aberto.

A intervenção vai permitir oferecer “melhores condições de apresentação de concertos e outras actividades culturais”, salientou a secretária de Estado da Cultura.

Segundo Joaquim Ruivo, director do Mosteiro da Batalha, “o investimento previsto” no PRR “não é suficiente” para as necessidades do monumento visitado anualmente por 400 mil pessoas, embora constitua “um bom impulso”.

Joaquim Ruivo considerou também “urgente relacionar estas pedras com as novas gerações”, porque os dados mostram que “os jovens portugueses conhecem mal o seu património”.

O próximo quadro de fundos comunitários também será aproveitado para financiar obras no Mosteiro da Batalha: o plano de intervenção de conservação e restauro da pedra das fachadas e do interior da igreja, a desenvolver de forma faseada, está avaliado em 2,5 milhões de euros, que dependem de candidatura ao PT 2030, explicou o director-geral do Património Cultural.

Desde que foi criada em 2012, a Direcção-Geral do Património Cultural, disse João Carlos Santos, investiu mais de 3,4 milhões de euros no Mosteiro da Batalha, monumento classificado como património mundial, pela Unesco, há quase 40 anos (a data celebra-se em Maio).