Sociedade
Ourém admite deixar TejoAmbiente na sequência de polémica com Tomar
O chumbo da proposta de tarifário pela Assembleia Municipal de Tomar vai levar à aplicação de um aumento superior, afectando os seis municípios abrangidos pela empresa intermunicipal
O presidente da Câmara de Ourém está “a ponderar propor” aos órgãos autárquicas a saída do concleho da TejoAmbiente, empresa intermunicipal dde água, saneamento e resíduos.
A posição de Luís Albuquerque foi revelada na sessão de Assembleia Municipal, realizada na passada sexta-feira, um dia depois de em Tomar ter sido chumbada a proposta de tarifário da TejoAmbiente, decisão que segundo o autarca de Ourém, que é também presidente do Conselho de Administração da empresa, vai implicar um aumento superior ao proposto.
Segundo Luís Albuquerque, face a esse chumbo, que torna sem efeito as deliberações dos outros concelhos, serão seguidos os valores do Estudo de Viabilidade Económica e Financeira, validados pela entidade reguladora, que se cifram em aumentos de 2,7% nos serviços de saneamento e de água (em Ourém, a água não se inclui) e de 7,7% nos resíduos, em vez dos valores propostos pela Tejo Ambiente, de 2,1%, nos dois primeiros casos, e de 2,9% no lixo.
Em termos absolutos, e para consumos médios até dez metros cúbicos de água, o aumento será de 0,83 cêntimos/mês, em vez dos 0,54 cêntimos propostos. “A decisão de Tomar onerou 106 mil consumidores de seis concelhos [Ourém, Tomar, Ferreira do Zêzere, Mação, Sardoal e Vila Nova da Barquinha]”, criticou Luís Albuquerque, confessando que não se sentiu “confortável” com as críticas feitas na AM de Tomar, incluindo pela bancada do seu partido (PSD), à sua pessoa e à gestão da Tejo Ambiente.
“Estou a ponderar muito seriamente propor a saída [da Tejo Ambiente]. Ourém não tem de levar com os problemas dos outros”, reforçou.