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Palavra de Honra | Sinto vergonha alheia quando vejo um filho a dar pontapés nos pais

9 out 2020 11:29

Ricardo Cardoso, psicólogo

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- Já não há paciência ... para os “life coachs” que não entendem que o coaching é uma ferramenta da psicologia e que não se pode aplicar em todos os casos nem em todas as pessoas.

 

- Detesto... a expressão” nunca me arrependo de nada”. Faz-me sentir que as pessoas não refletem sobre os seus erros.  É importante que o sentido de mudança venha de nós próprios.

 

- A ideia... era que todos os momentos de pânico e sacrifício vividos por todos nós, nos transformassem em melhores pessoas. Mas não, pois não? Esquecemos rápido!

 

- Questiono-me se... a dignidade e o respeito são valores. Ou por outro lado são normas essenciais para a nossa sobrevivência. Parece-me que estamos todos a afogar-nos.

 

- Adoro... o salame da minha mãe, feito de forma verdadeira. Leva-me a viajar pela minha infância.

 

- Lembro-me tantas vezes... de quase nada! Sou um alma perdida nas memórias do passado. Encontro sempre mais o meu foco nos planos para o futuro do que nas recordações do passado.

 

- Desejo secretamente... e pirosamente que a humanidade seja mais justa. Precisamos de estar mais atentos a nós para respeitarmos os outros.

 

- Tenho saudades... do cheiro da tipografia leiriense. De sentir a imensidão das máquinas de impressão e do cheiro da tinta e das letras de chumbo. Tenho saudades dos blocos de notas e dos brindes gráficos que o meu pai me trazia das feiras gráficas e dos eventos de design.

 

- O medo que tive… quando apanhei erisipela (uma infeção dermo-hipodérmica aguda) e dei entrada nas urgências. Quase que me tornei hipocondríaco. Ainda hoje tenho alguns sintomas de stress pós-traumático.

 

- Sinto vergonha alheia... quando vejo um filho a dar pontapés na mãe ou no pai. Quando vejo um jovem a não respeitar alguém mais antigo. Quando alguém tenta mostrar que é melhor que o outro para simplesmente demonstrar o seu poder.

 

- O futuro... é daqui a nada. O futuro é aquilo que queres fazer daqui a nada. O futuro é ser uma referência para todas as “boas pessoas”.

 

- Se eu encontrar... alguém que acredite nas relações humanas e na importância que a comunicação tem para o nosso bem-estar e a nossa felicidade, viajo com ela e faço all in.

 

- Prometo... fazer tudo o que posso para que todas as pessoas que acreditam em mim pessoalmente ou profissionalmente não se sintam desiludidas.

 

- Tenho orgulho... no caminho que fiz até hoje! Na educação que os meus pais e os meus amigos me emprestaram e emprestam. Na relação amorosa que tenho com a Joana. Naquilo que faço e digo a todas as pessoas com quem trabalho e convivo.