Sociedade
PCP de Leiria defende estação da alta velocidade na Barosa
Concelhia comunista entende que construção de uma nova estação na Barosa é a solução que "menos dificuldades apresenta" e que melhor "serve Leiria, concelho e região".
A concelhia de Leiria do PCP defende que a construção de uma nova estação ferroviária na Barosa, para servir a alta velocidade e a Linha do Oeste, é a solução que "menos dificuldades apresenta" e que melhor "serve Leiria, concelho e região".
Em comunicado, a estrutura comunista admite que "em termos gerais e abstractos, a localização da Estação no contexto urbano seria a solução ideal", mas "tudo ponderada", entende que a opção que tem menos impactos é a construção de uma nova estação.
Naquela nota, a concelhia do PCP alega que os desvios que seriam necessários para manter a actual localização da estação "produzem maiores impactes na ocupação de solos agrícolas, ambientais, na propriedade urbana, designadamente habitações e unidades económicas e nas soluções de engenharia e respectivo valor de investimento".
Por outro lado, a necessidade de desvios para a Linha do Oeste e para actual estação irá "interferir na rapidez das viagens" do serviço de alta velocidade, que deve ter "o mínimo de constrangimentos possível", acrescenta a concelhia do PCP.
Os comunistas alertam ainda para condições de acesso à actual estação, feito por uma via "já sub-dimensionada para as necessidades presentes" e sem áreas "suficientemente amplas ou expansíveis para uma boa recepção e distribuição do tráfego que potencialmente venha a surgir".
"A estação de Leiria deve constituir-se como a interface entre a Linha de Alta Velocidade e a Linha do Oeste, simplificando a vida aos utentes do serviço ferroviário e potenciando ambas", defendem os comunistas, que alertam, no entanto, para a necessidade de, caso a opção seja pela Barosa, de serem asseguradas condições de acesso.
A concelhia do PCP considera que a a circular externa de Leiria "tem de ser completada", com o troço da A8 entre o nó da Albergaria e o acesso à A1 (inclui o IC36), isento de portagens, e daí até à ZICOFA pela via de acesso de Leiria Norte à A1.
Esta alternativa "constituindo-se como alternativa e complemento do saturado troço da EN 242, mas sem prejuízo das obras necessárias nesta via e na sua inserção na cidade de Leiria e de hipotética construção de sistema de transporte ligeiro não rodoviário", acrescenta o comunicado do PCP.
No caso de a actual estação ser desactivada, os comunistas entendem que deve ser preservada como "monumento histórico da cidade, para desempenhar um importante papel social, cultural e económico no desenvolvimento da cidade".
Na sessão de Assembleia Municipal realizada na semana passada, o presidente da câmara, Gonçalo Lopes, assumiu preferir a opção pela actual estação. Já o PSD de Leiria defende a opção Barosa.