Sociedade
Politécnico de Leiria e Polícia Judiciária juntos nos desafios da cibersegurança e computação forense
Instituições assinaram protocolo de cooperação nas áreas periciais e de formação
O Politécnico de Leiria e a Polícia Judiciária (PJ) celebraram, na segunda-feira, um protocolo de cooperação nas áreas periciais de Informática de Segurança e Computação Forense, nos domínios da formação, apoio técnico e cedência mútua de equipamentos de cariz tecnológico.
"A celebração deste protocolo com a Polícia Judiciária, um parceiro importante para o Politécnico de Leiria e com o qual temos mantido uma estreita relação há vários anos, quer na formação, quer em projectos e serviços específicos, é mais um marco importante na valorização e reconhecimento da capacidade de formação e de investigação da nossa instituição, nomeadamente nas áreas da Tecnologia de Informação e Comunicação, da Cibersegurança e da Informática Forense", refere Rui Pedrosa, citado numa nota de imprensa.
O presidente do Politécnico de Leiria acrescenta que este acordo "permite o aproveitamento recíproco das potencialidades humanas e logísticas do Politécnico de Leiria e da Polícia Judiciária, mediante a articulação de competências, interesses estratégicos de ambas as instituições".
No âmbito deste protocolo, o Politécnico de Leiria compromete-se a colaborar com a PJ na realização de perícias em domínios nos quais a mesma não tenha competências ou conhecimento adequado, a facultar acesso às suas instalações com vista à realização de actividades no âmbito da formação, da investigação criminal e da actividade forense, e a ministrar acções de formação constantes do seu catálogo formativo ou desenvolver formações à medida destinadas a trabalhadores da PJ em áreas relacionadas com a respectiva actividade.
O protocolo prevê ainda que o Politécnico de Leiria faculte aos trabalhadores da PJ acesso a outras formações do seu catálogo em condições preferenciais, com respeito da legislação aplicável, e preste consultoria na área das Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC).
Segundo a mesma nota, a PJ compromete-se a prestar formação à medida ou integrada no catálogo formativo do Politécnico de Leiria nas áreas do Direito Penal e Processual Penal, em especial o ligado ao cibercrime, prevenção de comportamentos de risco em ambiente ciber e informática forense.
Mediante protocolos específicos a estabelecer para o efeito, a PJ compromete-se ainda a receber estágios profissionais ou projetos de investigação de estudantes do Politécnico de Leiria, cuja actividade se desenvolva em áreas conexas com o trabalho desenvolvido pela PJ, nomeadamente Gestão de redes e sistemas informáticos, Telecomunicações e redes, Programação e sistemas de informação, Desenvolvimento de produtos multimédia, Cibersegurança e Informática forense.
A PJ disponibiliza-se ainda a prestar consultoria nas áreas da cibersegurança e informática forense, e a ceder, gratuitamente e a título provisório, hardware ou software para efeitos de formação, teste e avaliação de produtos.
"O Politécnico de Leiria é uma instituição pública de ensino superior com competência reconhecida nas áreas Tecnologias de Informação e Comunicação, da Cibersegurança e da Informática Forense, e experiência no desenvolvimento de ações de formação em áreas conexas com o trabalho da PJ, e na realização de perícias informáticas a pedido dos tribunais nacionais", informa o comunicado.
Em 2015, o Politécnico de Leiria lançou a primeira edição da pós-graduação em Informática de Segurança e Computação Forense, exemplificando a aposta na formação para aperfeiçoar procedimentos que ajudam a aumentar a eficácia das autoridades no combate a uma criminalidade cada vez mais sofisticada.
No mesmo ano, inaugurou o Laboratório de Cibersegurança e Informática Forense (LabCIF), uma aposta que resultou da cooperação com a Procuradoria Geral da República (PGR) e com a PJ, para o combate ao cibercrime na componente forense. O LabCIF está sedeado na Escola Superior de Tecnologia e Gestão (ESTG).
Tem funcionado o mestrado em Cibersegurança e Informática Forense, cujo objectivo passa pelo desenvolvimento de uma formação especializada nas áreas da Cibersegurança e da Computação Forense. Os formandos adquirem a capacidade de conceber e desenvolver políticas de segurança face ao combate ao crime informático, bem como a determinação de procedimentos hábeis capazes de determinar com maior rapidez possíveis actos ilícitos ou violações no uso de dados ou informação.
Também a funcionar na ESTG, foi recentemente criado o Curso Técnico Superior Profissional (TeSP) de Cibersegurança e Redes Informáticas, que visa formar profissionais com competências específicas para a realização de tarefas de planeamento, instalação, configuração, gestão e manutenção de redes e sistemas informáticos, garantindo a optimização do seu funcionamento e procedendo à implementação de mecanismos de segurança adequados, aplicando diversas metodologias que permitam a identificação e mitigação de vulnerabilidades e ameaças à cibersegurança.