Sociedade
Pontapé de saída dada para a construção da nova estação de Leiria da alta velocidade
Município de Leiria e Infraestruturas de Portugal (IP) assinaram esta terça-feira um protocolo que formaliza o início da elaboração do Plano de Urbanização da nova estação de Leiria da alta velocidade
O Município de Leiria e a Infraestruturas de Portugal (IP) assinaram esta terça-feira um protocolo que formaliza o início da elaboração do Plano de Urbanização da Nova Estação de Leiria da Alta Velocidade, "um documento que marca o arranque do processo de planeamento e integração desta infra-estrutura no território e que estabelece as bases técnicas para a criação de uma nova centralidade urbana na zona da Barosa".
Segundo um comunicado da autarquia, o protocolo inclui o desenvolvimento do Plano de Urbanização de Sismaria, que orientará a reconversão da actual estação ferroviária e a valorização do corredor da Linha do Oeste, após a transferência da operação para a futura gare.
"A elaboração destes dois instrumentos de planeamento permitirá preparar a implantação da nova estação de alta velocidade, prevista para entrar em operação no troço Soure–Carregado em 2032, articulando-a com o território envolvente e definindo a reorganização urbana da área actualmente ocupada pela estação de Leiria", informa a câmara.
O Plano de Urbanização da Nova Estação irá estruturar uma plataforma intermodal que integrará a Linha do Oeste, a alta velocidade, transportes públicos, modos suaves, zonas verdes e soluções de parqueamento.
Já o Plano de Urbanização de Sismaria definirá o futuro da estação existente, privilegiando usos colectivos e a criação de um novo eixo de mobilidade suave até ao Vale do Lis.
Durante a sessão, que contou com a presença do ministro das Infraestruturas, Miguel Pinto Luz, o vereador Luís Lopes apresentou o conjunto de prioridades do Município para garantir acessibilidades eficazes à nova estação, destacando intervenções como a duplicação da EN 242 entre a A8 e o nó do Barruivo, a construção de um viaduto sobre a A19, a ligação directa ao Terminal Intermodal de Leiria, a reformulação dos principais nós rodoviários e a transformação do canal desactivado da Linha do Oeste numa via dedicada a modos suaves e transporte público eléctrico.
Estas soluções visam assegurar uma operação fluida da nova gare e antecipar as necessidades de circulação associadas ao aumento de procura previsto com a chegada da alta velocidade.
Gonçalo Lopes, presidente da Câmara de Leiria, destacou que este protocolo representa um passo decisivo para o futuro do concelho, permitindo preparar a entrada de Leiria num circuito nacional de mobilidade avançada que colocará o território a cerca de 39 minutos de Lisboa e a 50 minutos do Porto.
Segundo o autarca, a "nova estação reforçará a competitividade económica de Leiria, potenciando o ecossistema de inovação associado ao Politécnico de Leiria, à StartUp Leiria, ao futuro Leiria Innovation & Mobilidade Hub e ao Parque Empresarial de Monte Redondo".
“Da nossa parte, manifesto total disponibilidade: trabalharemos com rigor, rapidez e espírito de cooperação institucional, para cumprir prazos e transformar este projecto numa referência nacional”, afirmou Gonçalo Lopes, concluindo que este será “um ciclo que confirma Leiria como um território europeu de futuro — mais conectado, mais competitivo e mais justo.”.