Economia

Produções alternativas ganham terreno e obrigam empresas de ovos a investir

15 out 2021 12:45

A mudança nas tendências de consumo, com a preferência por ovos de produção ao ar livre, está a obrigar as empresas da região a fazer novos investimentos para acompanhar a evolução

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Em 2020 foram produzidas em Portugal 126 mil toneladas de ovos, contra as 99 mil de 2012
Ricardo Graça
Raquel de Sousa Silva

Os ovos de produções alternativas (galinhas no solo e ao ar livre, em vez de gaiolas) estão a conquistar a preferência dos consumidores e a levar as empresas a investir nestes métodos de produção, que nalguns casos já representam parte significativa das vendas.

A propósito do Dia Mundial do Ovo, comemorado na semana passada, fomos perceber a importância desta actividade, que em Portugal mobiliza cerca de 90 produtores e de 60 embaladores.

No ano passado foram produzidas 126 mil toneladas de ovos, contra as 99 mil de 2012.

Não há dados recentes sobre quanto vale actualmente a produção de ovos em Portugal, mas Paulo Mota, presidente da Associação Nacional dos Avicultores Produtores de Ovos, adianta que a percepção de quem está ligado à área é que o valor económico da actividade rondará os 300 milhões de euros.

Em 2017, de acordo com dados do INE citados num estudo do Gabinete de Planeamento, Políticas e Administração Geral do Ministério da Agricultura, esse valor era de 175 milhões de euros.

As questões do bem-estar animal já obrigaram os produtores a “fazer investimentos significativos” nos últimos anos, tendência que deverá continuar, afirma o presidente da Anapo, sediada em Pombal.

O dirigente aponta ainda, como desafios do sector, a sustentabilidade ambiental e a mudança para métodos alternativos de produção.

Além da “pressão para a mudança para modelos de produção que não são necessariamente melhores do ponto de vista do maneio e da segurança alimentar, mas que implicam custos acrescidos de produção e investimentos tremendos”, José Neves, da Ovopor, aponta outras situações que geram preocupa

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