Sociedade

Região de Leiria reclama antecipação da segunda fase da alta velocidade

15 mai 2024 15:25

Comunidade Intermunicipal defende que a decisão do Governo de localizar o novo aeroporto na margem sul do Tejo exige o reforço dos investimentos na mobilidade no Centro do País

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Linha de Alta Velocidade Porto-Lisboa será feita por três fases
DR

A Comunidade Intermunicipal da Região de Leiria (CIMRL) defende que a decisão do Governo de localizar o novo aeroporto na margem sul do Tejo, no Campo de Tiro de Alcochete, exige o reforço dos investimentos na mobilidade no Centro do País, nomeadamente, a antecipação da segunda fase da linha de alta velocidade (LAV) entre Lisboa-Porto, que servirá Leiria.

Em comunicado, a CIMRL recorda que o início dos trabalhos do segundo troço da LAV, que ligará Soure e Carregado (Lisboa) e que incluirá uma estação em Leiria, está projectado para “depois de 2030”, prazo que os municípios entendem que deve ser antecipado.

“Assumindo o Governo que o novo aeroporto (...) entrará em pleno funcionamento em 2031-2034, deve na mesma data estar concluída a segunda fase projectada para o TGV, bem assim a respectiva ligação à linha de Alta Velocidade Lisboa-Madrid”, alega a CIMRL.

O comunicado sublinha ainda que “a designada Fase 2 do TGV, entre Soure, Leiria e o Carregado, tem um investimento estimado de apenas 1900 milhões de euros, menos de 15% do valor estimado para os novos projectos” apresentados pelo actual Governo, que incluem a LAV entre Lisboa e Madrid e a terceira travessia sobre o Tejo, que implicarão um investimento global estimado em mais de “12,6 mil milhões de euros”.

Na mesma nota de imprensa, a CIMRL adianta que irá pedir uma reunião com o novo Governo, que juntará todas as CIM da região centro, no sentido de “avaliar os impactos” da escolha do Campo de Tiro de Alcochete para construir o novo aeroporto para “a coesão territorial” e a “fluxos de desenvolvimento económico”.

“A nova localização aeroportuária na margem sul do Tejo e respectiva desactivação total aeroporto internacional da Portela (Humberto Delgado), terão fortes consequências nas dinâmicas populacionais, turísticas e ao nível das empresas e emprego, o que exige uma urgente resposta da antecipação deste novo contexto e respectivos desequilíbrios regionais”, adverte a CIMRL.