Abertura

Resistência à ditadura também se fez no feminino

20 abr 2023 20:00

Na luta activa ou na retaguarda, as mulheres tiverem um papel importante no combate pela liberdade. Por ocasião do 49.º aniversário do 25 de Abril, recordamos o percurso de quatro dessas mulheres - Alda, Júlia, Rosinda e Aida - que não se deixaram vergar pelo medo e que lutaram contra o regime.

Alda Sousa ajudou a esconder pessoas fugidas à PIDE e foi uma voz reivindicativa na vidreira onde trabalhava
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Ricardo Graça
Júlia Santos casou na prisão de Peniche, onde o marido esteve quase quatro anos
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Rosinda Carvalho viveu na clandestinidade. Era nessa condição que estava quando nasceu a filha
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Maria Anabela Silva

Na parede da sala, atrás de Alda Sousa, há um quadro que perpetua a fotografia de um menino a pôr um cravo na G3 de um militar naquele dia 25 de Abril de 1974, que, mudaria, para sempre, o rumo de País e das suas gentes. “Foi a coisa mais maravilhosa da minha vida, a par do nascimento da minha neta”, confessa a antiga vidreira da Marinha Grande, que sofreu na pele as “maldades” - “para não dizer coisa pior” - da ditadura.

Nunca foi presa, mas viu familiares e amigos caírem às mãos da PIDE. Ela própria estava referenciada e vigiada pela polícia do Estado Novo. “Tive sempre muito medo”, assume Alda, contando que, quando alguém ia à fábrica à sua procura, “nunca aparecia à primeira”.

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