Abertura
Resistência à ditadura também se fez no feminino
Na luta activa ou na retaguarda, as mulheres tiverem um papel importante no combate pela liberdade. Por ocasião do 49.º aniversário do 25 de Abril, recordamos o percurso de quatro dessas mulheres - Alda, Júlia, Rosinda e Aida - que não se deixaram vergar pelo medo e que lutaram contra o regime.
Na parede da sala, atrás de Alda Sousa, há um quadro que perpetua a fotografia de um menino a pôr um cravo na G3 de um militar naquele dia 25 de Abril de 1974, que, mudaria, para sempre, o rumo de País e das suas gentes. “Foi a coisa mais maravilhosa da minha vida, a par do nascimento da minha neta”, confessa a antiga vidreira da Marinha Grande, que sofreu na pele as “maldades” - “para não dizer coisa pior” - da ditadura.
Nunca foi presa, mas viu familiares e amigos caírem às mãos da PIDE. Ela própria estava referenciada e vigiada pela polícia do Estado Novo. “Tive sempre muito medo”, assume Alda, contando que, quando alguém ia à fábrica à sua procura, “nunca aparecia à primeira”.
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