Sociedade
Restam duas peixeiras no mercado municipal da Nazaré
Vendedoras criticam opção da autarquia, que abriu portas à concorrência
O problema colocou-se de imediato, ainda em 2014, assim que uma loja de uma empresa grossista, dedicada à importação e à exportação de marisco e peixe fresco, se instalou no mercado municipal da Nazaré. Mas a pandemia, e a crise que dela resultou, fizeram elevar ainda mais as dificuldades das peixeiras que durante décadas ali faziam o seu negócio.
Actualmente, restam apenas duas destas vendedoras, que culpam a câmara por ter permitido a fixação de um concorrente incontornável naquele espaço, e que pedem atenção para com os pequenos negócios tradicionais no futuro mercado, que o município está a projectar. “Abriu aqui a peixaria e deu cabo do nosso negócio.
No Verão há mais movimento, mas já não compensa”, defende Amélia Conde. “Eles também vendem peixe fresco e como têm porta voltada para a rua, as pessoas nem precisam de entrar no mercado para comprar”, prossegue a vendedora. “Com a pandemia e com a crise o negócio ficou pior”, realça Amélia. “Fizemos de tudo para alertar a câmara e não nos deram ouvidos”, recorda a vendedora.
“Pago câmara frigorífica, gelo, sacos e gasóleo para o transporte, e o preço está sempre a aumentar”, conta a peixeira, frisando que, apesar de todos os custos que suporta, este é o seu “único ganha-pão”. “Enquanto não tivermos reforma, temos que aguentar&rdqu
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