Sociedade

Retratos de Natal continuam a ser tradição anual para muitas famílias. É o registo para mais tarde recordar

25 dez 2025 15:00

Fotografias embelezam as paredes das casas e são óptimas prendas para os avós

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Margarida Duarte não dispensa os retratos familiares no Natal
DR
Inês Gonçalves Mendes

Foi a partir da primeira gravidez que Margarida Duarte começou a ser presença assídua no estúdio de Sabrina Rodrigues, primeiro para retractar a evolução da gestação e, depois, o crescimento deste primeiro rebento, com as clássicas sessões ternurentas do bebé.

Só fazia sentido que, também no Natal, os retratos se mantivessem, com um cenário natalício. Para Margarida Duarte, esta é uma forma de tornar a quadra mais especial e, além de adornar a casa com mais uma moldura familiar, é o presente perfeito para os avós ou para a família que está longe.

“O Natal é muito significativo. A família consegue reunir-se e fazemos um registo evolutivo do Natal”, explica, ao considerar que nada substitui a fotografia em papel ou o álbum de fotografias.

“Vejo mais fotos dos meus filhos em álbum do que no digital. Gosto de folhear”. No caso da família de Margarida, que continuou a crescer e deu as boas-vindas a um segundo filho, este é o presente ideal para os avós, uma “tradição familiar” acompanhada sempre por uma “mensagem especial”.

As fotografias são sempre “muito naturais” e é um costume natalício que pretende manter.

A proprietária do Estúdio Vive 2.0, em Leiria, acredita que “mesmo com o digital, há sempre a necessidade de fazer um registo mais profissional”. Sabrina Rodrigues refere que a afluência tem sido maior, comparando com a mesma época do ano passado, principalmente de famílias com crianças pequenas. “São sempre os filhos que acabam por influenciar a decisão de fazer estes retratos”, relata.

A fotógrafa considera que “como esta é uma altura que acaba por ser bastante importante para as famílias, por uma questão cultural, dão bastante importância a este tipo de prendas, com maior sentimento”.

Acredita, por isso, que é um costume para manter, mesmo por quem tem um telemóvel à mão de semear.

Daniela Sousa é da mesma opinião. Com um olhar de mãe e de fotógrafa, acredita na importância destes momentos pelo facto de o Natal ser “mais representativo nas crianças, elas vivem um encanto que, nós, adultos, já não temos tanto”.

Por norma, adianta, estas tradições de Natal começam com a chegada do primeiro filho e continuam por vários anos, recebendo famílias consecutivamente, na Marinha Grande.

E as sessões natalícias não terminam no 25 de Dezembro. “Tenho muitas sessões depois do Natal. Já cheguei a fazê-as quase a meio de Janeiro. As famílias querem ter o registo ano a ano e, por vezes, não têm tempo na correria do Natal.”