Economia

Sindicato vidreiro: nova direcção tem no combate à precariedade uma das prioridades

23 jun 2022 17:04

Tomada de posse dos eleitos em Maio decorreu esta quinta-feira na Marinha Grande

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Comissão executiva: Vladimiro Moiteiro, Simão Leite e Luís Gomes (da esquerda para a direita)
DR
Raquel de Sousa Silva

A luta contra a precariedade e por melhores condições salariais e de trabalho, com higiene e segurança, está entre as prioridades da nova direcção do Sindicato dos Trabalhadores da Indústria Vidreira (STIV), que tomou posse hoje, dia 23 de Junho, na Marinha Grande.

“Há funções fixas, imprescindíveis à laboração das empresas, que estão a ser feitas por contratados ao dia, e entendemos que isto está errado”, disse ao JORNAL DE LEIRIA Luís Gomes, um dos três elementos da comissão executiva.

As condições de trabalho no sector vidreiro têm vindo a degradar-se, o que levou Simão Leite, outro dos elementos da comissão executiva, a considerar, numa intervenção feita na tomada de posse, que só quando “começarmos a parar o País alguma coisa muda”.

Para 7 de Julho, em Lisboa, está agendada uma manifestação, ocasião que o dirigente espera que mostre a importância de valorizar os trabalhadores.

Nos últimos anos a sindicalização “caiu bastante”, por um lado porque houve vários encerramentos de empresas, e por outro porque os trabalhadores mais velhos se foram reformando”.

Os mais novos “não sentiam necessidade” de aderir ao sindicato, situação que mudou desde a pandemia. “Nota-se maior interesse”, constata Simão Leite.

Nas eleições votaram 536 sócios, 30% dos inscritos. Foi eleita uma direcção com 21 elementos, enquanto a mesa da Assembleia Geral conta com cinco.

Na tomada de posse da nova direcção, a anterior coordenadora, Etelvina Rosa, lembrou os “ataques que as entidades patronais fazem diariamente” e defendeu que só com “força, organização e luta se conseguirá obrigar o patronato a respeitar os trabalhadores”.

Também ela referiu que nos últimos anos os operários mais novos estão a sindicalizar-se, pois percebem que “ou estão organizados ou perdem alguns direitos consagrados até em contratação colectiva”.