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Teatro José Lúcio da Silva, em Leiria, praticamente esgotado para festival de drag queens
Restam poucos bilhetes. Face à procura, a organização acredita que o Leiria Drag Festival é já um dos maiores eventos de transformismo a nível nacional
Quase esgotado. Na manhã desta quarta-feira, restavam menos de 40 bilhetes para o Leiria Drag Festival, que se realiza no próximo sábado, 11 de Março.
É a quarta edição, mas a primeira a ocorrer no Teatro José Lúcio da Silva, que tem uma lotação de 700 lugares.
Face à procura registada, a organização acredita que este é já “um dos maiores eventos” de transformismo em Portugal.
“A nível nacional, a única gala que existe idêntica é a Gala Abraço que se realiza todos os anos em Lisboa e de há pouco tempo a Gala Xis, no Algarve”, afirma Rafael Bento, um dos responsáveis pelo Leiria Drag Festival, que é organizado pelo Glitz Club, o único bar LGBTQIA+ na cidade.
Apesar do sucesso da Marcha pelos Direitos LGBTQIA+ realizada em Leiria no ano passado (pela segunda vez), os promotores do Leiria Drag Festival não esperavam tanto público e inicialmente contavam apenas com a primeira e segunda plateia do Teatro José Lúcio da Silva.
“Não, de todo”, reconhece Rafael Bento. “Nunca esperámos abrir os balcões”.
O programa do próximo sábado, com início às 21:30 horas, junta artistas “de norte a sul” do país, durante duas horas com momentos de transformismo intercalados por actuações ao vivo de vários cantores (Sara Ribeiro, Diogo Carapinha, Sérgio Martins e Soraia Morais).
O espectáculo será protagonizado pelo elenco residente do Glitz Club (Eva Brown, Debbie Bjorn, Giselle Brown e Cherry Flavor) e muitos artistas convidados, com a nota de divulgação a anunciar “uma noite imperdível com muito glamour, brilho e plumas!”.
De fora de Leiria, vão actuar Sissi, Stefani Duvet (que já foi capa da revista Cristina), Laysa Star, Linda Xenon, Kim Fox, Dyanne Star, Kina Karvel, Alejandro e Naomy Beauty (casal que já concorreu ao Got Talent) e Gisel Star.
Rafael Bento acredita que, entre os espectadores que compraram bilhete, há muitos “que vão pela curiosidade”, o que considera positivo. “Significa que estão abertos a conhecer”. Por outro lado, “os próprios artistas também vão trazer pessoas” de outras regiões.
Tudo somado, é já uma vitória para o Glitz Club e para a comunidade LGBTQIA+ em Leiria. “Está a dar-nos visibilidade que não conseguimos atingir até agora”.