Viver
Volta a cantar-se na prisão e abre-se uma janela que é sala de concertos
Depois de receber obras, o Pavilhão Mozart do Estabelecimento Prisional de Leiria – Jovens está transformado em centro de artes performativas com tecnologias digitais.
Está pronto o Pavilhão Mozart, centro de artes performativas no Estabelecimento Prisional de Leiria – Jovens. Na sexta-feira, pela primeira vez, um recluso e a família puderam ver-se e cantarà distância, num momento partilhado com artistas profissionais.
O Pavilhão Mozart - Centro de Artes Performativas inserido no Estabelecimento Prisional de Leiria - Jovens (EPL-J) foi inaugurado na sexta-feira, numa cerimónia restrita, demasiado restrita para a importância do acontecimento, que “tem impacto internacional”, assegura Paulo Lameiro, o coordenador do projecto apoiado pela Fundação Calouste Gulbenkian através do programa Partis, pela iniciativa Portugal Inovação Social e pela Fundação Caixa Agrícola e Município de Leiria, entre outros parceiros.
O link para o vídeo oficial deste momento tão especial está disponível na página SAMP Play informa uma nota de imprensa da Sociedade Artística e Musical dos Pousos (SAMP).
Depois de receber obras, o Pavilhão Mozart do Estabelecimento Prisional de Leiria – Jovens está transformado em centro de artes performativas com tecnologias digitais.
Com dimensões camerísticas, que em tempos de Covid não admitem mais de 12 pessoas, o Pavilhão Mozart é um edifício do EPL-J antes dedicado à encadernação de livros e à tecelagem, já usado para ensaios e agora convertido em sala de concertos, que inclui uma pequena zona de produção com equipamento de vídeo e áudio onde os reclusos podem iniciar-se em tarefas de preparação e comunicação (para a comunidade e para os colegas do estabelecimento prisional) das obras que irão realizar.
Está também pensado para acolher residências artísticas e aulas.
Antes de terminar o ano de 2021, a expectativa é que o Pavilhão Mozart possa abrir-se à comunidade com uma nova produção concebida em co-criação por reclusos, famílias, equipas técnicas e de segurança e profissionais das artes.
Está prevista a estreia de três óperas em 2021, a anteceder a apresentação de uma grande produção em 2022.