Opinião
Assim vai a vida
Na sua ânsia de cumprir um objectivo partidário que não comento, veio a Leiria, no mês passado, dizer que “Leiria vai ficar a meia hora de Lisboa e a 50 minutos do Porto”, de comboio, claro.
Há meses férteis em acontecimentos e meses em que não há nada.
Este mês de Dezembro de 2020 é abundante e não custará muito preencher os 3000 caracteres que o JL me dá.
Começo pelo Orçamento do Estado para 2021 (OE2021) com o “enfado” de quem ensinou Finanças Públicas durante mais de 30 anos, no Politécnico de Lisboa.
Do OE2021 disse a antiga presidente do CS de Finanças Públicas, Teodora Cardoso, que “é um péssimo OE”. Não concordo com a senhora, para quem, certamente, só os OE do tempo de Passos Coelho eram bons.
É fácil criticar um OE, sem reconhecer que se trata de um orçamento de crise, como nunca houve em Portugal. Centeno não faria melhor. Ainda sobre o OE2021, quero referir a “palhaçada” de que falava F. Rodrigues, a propósito das votações negativas.
De A. Ventura tudo se espera e o seu contrário.
Agora, de Rui Rio, na sua votação contra natura tanto no caso Novo Banco como nos Açores, é inaceitável à luz das regras democráticas. Clara F. Alves, no Expresso de Novembro último, num artigo de título “Requiem para Rio”, diz que é com os estúpidos que R. Rio resolveu aliar-se.
Para mim pareceme que R. Rio, na política, atingiu o “princípio de Peter” e não se terá apercebido disso.
É preciso que alguém o convença.
O país não sairá desta crise sem um governo de salvação nacional e isso só é possível com o PS mais o PSD.
Será que os seus actuais “chefes” estarão dispostos? Duvido.
Pedro Nuno Santos, ministro das Infraestruturas e um dos melhores ministros deste governo, é um economista oriundo da minha escola, o ISEG.
Sexta, dia 11 de Dezembro, deu uma entrevista à SIC sobre a TAP e saiu-se muito bem, não obstante a má qualidade dos entrevistadores. Parece-me que tem sabido lidar bem com o problema TAP, que se arrasta há demasiado tempo.
Apoio a salvação da TAP, por várias razões, uma das quais é não ter de ir a Madrid sempre que preciso de tomar um avião para o mundo.
Na sua ânsia de cumprir um objectivo partidário que não comento, veio a Leiria, no mês passado, dizer que “Leiria vai ficar a meia hora de Lisboa e a 50 minutos do Porto”, de comboio, claro.
Com tantos atrasos que não lhe serão imputáveis, parece que isso só acontecerá com o cumprimento, até 2030, do PNI 2030.
Ora bolas. Muito provavelmente, nessa data já cá não estarei.
Não dá para encurtar, caro colega?
Marcelo R. Sousa, finalmente, anunciou a sua recandidatura, dia 7 de Dezembro, numa pastelaria de Belém, mesmo “à Marcelo”.
Vi que está abatido e não era para menos com as trabalheiras que tem tido.
As últimas sondagens (Expresso) dão-lhe vitória à primeira volta, o que é bom para ele e para o país. Quatro dias depois vai a uma entrevista na SIC, onde lhe saem dois entrevistadores inqualificáveis.
Descoordenados e malcriados, embora Marcelo chegasse para eles.
Não gostei que dissesse que seguraria o governo até 2023.
É demais e o país não aquenta. Termino, desejando um bom Natal e um feliz Ano Novo, mesmo com as dificuldades por que passamos.
Melhores dias virão!?